Economia

Merkel e Monti elogiam os avanços das reformas na Itália

O premiê italiano afirmou que mercados financeiros estão começando a reconhecer as medidas aplicadas na Itália para reduzir o déficit


	Monti e Merkel em coletiva de imprensa em Berlim: os dois dirigentes se mostraram divergentes sobre a possibilidade de conceder uma licença bancária ao MEDE
 (Odd Andersen/AFP)

Monti e Merkel em coletiva de imprensa em Berlim: os dois dirigentes se mostraram divergentes sobre a possibilidade de conceder uma licença bancária ao MEDE (Odd Andersen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2012 às 11h38.

Berlim - A chanceler alemã Angela Merkel e o chefe de Governo italiano Mario Monti elogiaram nesta quarta-feira os avanços da Itália na aplicação de suas reformas econômicas, depois de uma reunião em Berlim.

"A ampla consolidação e a agenda reformista do governo italiano são impressionantes (...) e pessoalmente estou convencida de que este reforço reformista dará frutos", afirmou Merkel.

"Creio que precisamos seguir juntos neste caminho", acrescentou.

Monti, por sua vez, afirmou que mercados financeiros estão começando a reconhecer as medidas aplicadas na Itália para reduzir o déficit, exigindo juros menores nas emissões de dívida.

"Os mercados estão reconhecendo os êxitos destas medidas", afirmou Monti junto a Merkel.

Horas antes, o Tesouro italiano captou nove bilhões de euros a seis meses com taxas em forte alta.

Indagados sobre a possibilidade de a Itália recorrer a um resgate, Merkel contestou que não há nada de concreto sobre a mesa.

"Falamos do fato de que o Banco Central Europeu está preparando decisões. Conhecemos nossos fundos (de resgate), o FEEF e o MEDE, e nos sentimos bem equipados politicamente", afirmou Merkel.

Os dois dirigentes se mostraram divergentes sobre a possibilidade de conceder uma licença bancária ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE), o futuro fórum permanente de resgae da Zona Euro, que lhe permitiria pedir dinheiro emprestado ao BCE depois emprestá-lo aos países em apuros.

Merkel citou o presidente do instituto emissor, Mario Draghi, para dizer que essa licença não é compatível com os Tratados da UE. "Essa também é minha convicção", enfatizou.

Monti, em compensação, disse que a licença bancária, que daria ao MEDE meios financeiros muito maiores, é concebível dentro de um amplo pacote de medidas em longo prazo.

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