Economia

Merkel descarta possível flexibilização do programa grego

"O importante é que o novo governo persevere nos compromissos que foram adquiridos. Não se pode relaxar o ritmo das reformas", afirmou

As declarações de Merkel contradizem as feitas no domingo por seu ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle (Johannes Eisele/AFP)

As declarações de Merkel contradizem as feitas no domingo por seu ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2012 às 19h09.

Berlim - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, abriu nesta segunda-feira a possibilidade de novas ajudas à Grécia para fomentar o crescimento econômico, mas descartou taxativamente uma possível flexibilização do programa de reformas e ajustes do país.

A chefe do Governo alemão disse após desembarcar em Los Cabos (México), onde participará da Cúpula do G20, que o novo Executivo em Atenas deverá prosseguir com a implementação dos "compromissos" herdados dos governos anteriores, que decidiram aplicar medidas de austeridade em troca dos dois resgates financeiros, segundo a imprensa alemã.

O pleito de domingo na Grécia, que terminou com a vitória do partido conservador Nova Democracia, e a possibilidade da introdução de novos estímulos ao crescimento da economia grega "não alteram nada nas condições" dos acordos assinados entre Atenas e Bruxelas, afirmou Merkel.

"O importante é que o novo governo persevere nos compromissos que foram adquiridos. Não se pode relaxar o ritmo das reformas", afirmou.

Além disso, a chanceler negou que esteja sendo estudado um novo pacote de ajudas para a Grécia, e defendeu que se chegue em breve a um acordo que permita a formação de um novo governo grego que continue com os ajustes e dialogue com a "troika" (Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Banco Mundial).

As declarações de Merkel contradizem as feitas no domingo por seu ministro das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, segundo o qual "poderia se falar em mudanças no cronograma" do plano para a Grécia, o que levantou um notável rebuliço na imprensa alemã. 

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