Economia

Merkel defende plano do BCE de compra de bônus soberanos

Segundo a chanceler alemã, as perturbações nos mercados da dívida estão comprometendo a política monetária

Merkel: a chefe do governo alemão também acrescentou que a competência do BCE é a política monetária (Sean Gallup/Getty Images)

Merkel: a chefe do governo alemão também acrescentou que a competência do BCE é a política monetária (Sean Gallup/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 12h27.

Berlim - A chanceler alemã, Angela Merkel, defendeu nesta segunda-feira o plano de compra de bônus soberanos anunciado pelo Banco Central Europeu (BCE) porque as perturbações nos mercados da dívida estão comprometendo a política monetária.

Em um encontro com a imprensa, a chefe do governo alemão indicou que, na atualidade, o mercado da dívida sofre "perturbações sistêmicas", como refletem as diferentes taxas de juros que os países da eurozona pagam por colocar seus bônus soberanos.

A chanceler argumentou que as taxas de juros de uns e outros "estão ligados" e que isto abriu espaço para uma "política monetária perturbada", o que justifica a intervenção do BCE no mercado secundário.

Como exemplo, Merkel assinalou que os juros que a Alemanha paga na atualidade por seus bônus são muitos mais baixos do que há alguns anos e que este fato está conectado com a subida das gratificações de risco de outras economias da eurozona.

A chefe do governo alemão também acrescentou que a competência do BCE é a política monetária e, que neste âmbito, se enquadram suas frequentes medidas e suas ações extraordinárias, como as duas injeções de liquidez de dezembro e fevereiro e este plano de compra de dívida.

No último dia 6 de setembro, o presidente do BCE, Mario Draghi, anunciou um programa "ilimitado" de compra de bônus soberanos para os países da eurozona com problemas de financiamento.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaAngela MerkelBCEEuropaPaíses ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte