Entre os documentos que os presidentes do Mercosul vão assinar na reunião em Belo Horizonte na próxima semana, há dois importantes acordos comerciais - um com a Índia e outro com a África do Sul e países vizinhos. Além disso, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o bloco vai criar um fundo para financiar projetos de convergência estrutural.

As reuniões de trabalho começam segunda-feira (13/12) na capital mineira e terminam com a cúpula de presidentes no dia 17, em Ouro Preto. O dia e local foram escolhidos para comemorar os dez anos do Protocolo de Ouro Preto, tratado que deu origem ao Mercosul.

As reuniões devem formalizar a adesão do Equador e da Venezuela como associados ao Mercosul e criar o Parlamento do bloco. Estarão presentes presidentes e ministros dos países da América do Sul, México, Panamá, África do Sul, Botswana, Lesoto, Namíbia e Suazilândia. Com o encontro, termina a presidência rotativa do Brasil e começa a gestão semestral do Paraguai na coordenação do bloco.

Comunidade sul-americana

Nesta quarta-feira, nove presidentes, entre eles Luiz Inácio Lula da Silva, lançaram oficialmente a Comunidade Sul-Americana de Nações, um grupo formado por 12 países da região. Um dos objetivos é pôr em prática um acordo de livre comércio (com tarifa zero no interior do bloco) firmado em outubro entre Mercosul e países da Comunidade Andina.

No encerramento do encontro - o 3º de presidentes da América do Sul -, Lula afirmou que "a resposta para os problemas do Mercosul é mais Mercosul, do mesmo modo que a reposta para os desafios da América do Sul é mais América do Sul".