Economia

Mercado de petróleo está abastecido após ataque na Arábia Saudita, diz AIE

A Agência Internacional de Energia emitiu um comunicado afirmando que está monitorando de perto a situação na Arábia Saudita

Petróleo: a AIE não mencionou planos sobre eventual liberação de estoques emergenciais de petróleo (Christian Hartmann/Reuters)

Petróleo: a AIE não mencionou planos sobre eventual liberação de estoques emergenciais de petróleo (Christian Hartmann/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 14 de setembro de 2019 às 16h53.

Última atualização em 14 de setembro de 2019 às 16h53.

Londres — A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou neste sábado (14) que está monitorando de perto a situação na Arábia Saudita após ataques de drones contra instalações petrolíferas no país.

A agência afirmou que os mercados globais de petróleo estão atualmente "bem abastecidos, com amplos estoques comerciais".

"Estamos em contato com autoridades sauditas, bem como com as maiores nações produtoras e consumidoras", afirmou a agência em comunicado.

A AIE não mencionou planos sobre eventual liberação de estoques emergenciais de petróleo.

Contexto

Neste sábado (14), o grupo houthi do Iêmen, alinhado ao Irã, atacou duas instalações no centro da indústria petrolífera da Arábia, incluindo a maior instalação de processamento de petróleo do mundo, um ataque que, segundo três fontes, desestabilizou importações e exportações.

O ataque ocorreu antes do amanhecer às instalações da Saudi Aramco e gerou vários incêndios, embora o reino, maior exportador de petróleo do mundo, tenha dito que eles estavam sob controle.

Três fontes próximas ao assunto afirmaram que a produção de petróleo e as exportações serão afetadas. Uma fonte disse que a produção de 5 milhões de barris por dia seria impactada – perto da metade da produção do reino -, mas não deu mais detalhes.

A televisão estatal disse que as exportações continuam, embora a Aramo ainda não tenha se pronunciado desde o ataque, que os houthis afirmam ter envolvido 10 drones. As autoridades ainda não disseram se a produção de óleo ou as exportações serão afetadas.

Chamas e fumaça

Horas depois do ataque em Abqaiq, a testemunha da Reuters disse que fogo e fumaça ainda eram visíveis, mas que começavam a desaparecer. Imagens filmadas pela Reuters mostravam chamas vivas e grossas fumaças subindo em direção ao céu. Um veículo de emergência foi visto correndo em direção ao local.

O Ministério do Interior da Arábia Saudita disse que equipes de segurança industrial da Aramco trabalharam para conter o fogo desde às 4:00, horário local, conseguindo controlá-lo. A origem dos drones não foi identificada, mas disse que havia uma investigação em andamento.

A coalizão liderada pela Arábia Saudita lançou ataques aéreos à província de Saada, no norte do Iêmen, um bastião houthi, neste sábado, disse uma testemunha da Reuters. A Masirah TV, controlada pelos houthis, disse que aviões de guerra queriam atingir um campo militar.

O porta-voz militar dos houthis, sem apresentar evidências, afirmou que os drones atingiram refinarias nos dois locais sauditas, que estão a mais de 1.000 quilômetros da capital do Iêmen, Sannã, e prometeu ampliar os ataques contra a Arábia Saudita.

As tensões na região cresceram nos últimos meses, depois que os Estados Unidos saíram de um acordo nuclear internacional e estendeu suas sanções econômicas ao Irã.

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaMercado financeiroPetróleo

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte