Economia

Mercados: de olho no comportamento de Wall Street

Os mercados do mundo inteiro estão de olho nos desdobramentos do pedido de concordata da americana WorldCom. Europa e Brasil devem se comportar conforme a reação de Nova York , diz um analista de uma corretora de São Paulo. A empresa de telefonia e transmissão de dados WorldCom, que no Brasil controla a Embratel, esteve […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h23.

Os mercados do mundo inteiro estão de olho nos desdobramentos do pedido de concordata da americana WorldCom. Europa e Brasil devem se comportar conforme a reação de Nova York , diz um analista de uma corretora de São Paulo.

A empresa de telefonia e transmissão de dados WorldCom, que no Brasil controla a Embratel, esteve envolvida num escândalo contábil de quase 4 bilhões de dólares, possui uma dívida de 30 bilhões e agora protagoniza o maior pedido de concordata já registrado. Os diretores da empresa confirmaram o pedido na noite de ontem.

Além da WorldCom, o mercado americano (que teve encerramento catastrófico na semana passada, quando Wall Street caiu abaixo dos 8 000 pontos, o que não acontecia desde 1998, durante a crise russa) terá de lidar com mais uma má notícia: numa repostagem da edição de domingo, o jornal The Washington Post afirma que o presidente George W. Bush obteve informações privilegiadas numa operação na bolsa há alguns anos.

Bush era controlador da Harken, companhia petroleira do estado do Texas e, segundo afirma reportagem, contava com informações substanciais sobre a difícil situação financeira da empresa antes de vender a maioria de sua participação em 1990.

Citando registros da comissão de supervisão de operações nos mercados de ações (SEC), a reportagem afirma que semanas antes de Bush vender suas ações da Harken Energy Corporation, ele e outros membros da direção receberam uma carta da administração classificando os lucros do ano anterior como decepcionantes e advertindo que a companhia "continuaria severamente limitada em suas atividades devido às restrições de liquidez".

No Brasil, resta esperar o comportamento das bolsas americanas. Durante a semana passada, que foi conturbada, a Bovespa operou a maioria dos dias colada nos resultados dos índices Dow Jones e Nasdaq.

O fato mais importante do dia de hoje será o encontro entre Armínio Fraga, presidente do Banco Central, e a vice-diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI), que ocorrerá às 15 horas. Alguns analistas acreditam que se o resultado do encontro for positivo, o mercado financeiro brasileiro poderia ter a chance de descolar das bolsas americanas.

Fora isso, poucas novidades por aqui: será divulgado resultado da balança comercial da terceira semana de julho e uma oferta de 6.400 contratos de swap cambial (que garantem ao investidor a variação da taxa de câmbio) que será realizada pelo Banco Central. Serão leiloados dois lotes com vencimentos em 23 de outubro deste ano e 13 de fevereiro de 2003.

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