Economia

Mercado mantém previsão de Selic a 2% este ano e vê recuo do PIB de 5,62%

De acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo BC, a Selic deve encerrar 2020 nos atuais 2% e 2021 em 3%

Real: cenário para a inflação, por sua vez, não sofreu alteração, com a alta do IPCA calculada em 1,63% este ano (IltonRogerio/Getty Images)

Real: cenário para a inflação, por sua vez, não sofreu alteração, com a alta do IPCA calculada em 1,63% este ano (IltonRogerio/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 10 de agosto de 2020 às 09h06.

Última atualização em 10 de agosto de 2020 às 09h20.

O mercado manteve a expectativa de que a taxa básica de juros terminará este ano em 2% após o Banco Central ter pontuado que novos ajustes seriam ainda mais graduais e dependerão da situação das contas públicas, ao mesmo tempo em que melhorou novamente a perspectiva para a economia este ano.

De acordo com a pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo BC, a Selic deve encerrar 2020 nos atuais 2% e 2021 em 3%. Na semana passada, a autoridade monetária cortou a taxa de juros em 0,25 ponto, e manteve a porta aberta para novos ajustes na taxa de juros à frente.

Os investidores esperam agora a divulgação da ata deste encontro na terça-feira para avaliar melhor quais seriam os próximos passos do BC.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também manteve a perspectiva de que a Selic ficará em 1,88% ao final deste ano, na mediana das projeções, mas passou a ver os juros básicos em 2,00% ao fim de 2021, de 2,25% antes.

O levantamento semanal apontou que a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) agora é de uma contração de 5,62%, contra queda vista antes de 5,66%, na sexta semana seguida de melhora. Para o ano que vem, segue a expectativa de um crescimento de 3,50% da economia.

O cenário para a inflação, por sua vez, não sofreu alteração, com a alta do IPCA calculada em 1,63% este ano e em 3,0% no próximo.

O centro da meta oficial de 2020 é de 4% e, de 2021, de 3,75%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusInflaçãoMercado financeiroPIB

Mais de Economia

Cobrança de IOF vai desestimular aportes em planos de previdência do tipo VGBL, dizem especialistas

Governo Lula adotou ao menos 25 medidas que aumentam arrecadação de impostos desde 2023

Giro do dia: impacto do IOF, INSS e descontos, Sebastião Salgado e Trump versus celulares

Galípolo diz que não interferiu em recuo sobre IOF: 'cabe reconhecer a agilidade do Ministério'