Economia

Mercado vê inflação menor e Selic abaixo de 7% em 2018

As estimativas para a Selic no fim do próximo ano recuaram a 6,75%, sobre 7%, atual patamar da taxa básica de juros e na mínima histórica

BC: o Focus mostrou ainda que as contas para o crescimento do PIB deste ano subiram ligeiramente a 0,98% (Gustavo Gomes/Bloomberg)

BC: o Focus mostrou ainda que as contas para o crescimento do PIB deste ano subiram ligeiramente a 0,98% (Gustavo Gomes/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 26 de dezembro de 2017 às 11h01.

São Paulo - O mercado reduziu suas expectativas de inflação para este ano e 2018 e, ao mesmo tempo, passou a ver que a Selic fechará o próximo ano abaixo de 7 por cento, em meio à recuperação gradual da economia, mostrou nesta terça-feira a pesquisa Focus do Banco Central.

As projeções para a alta do IPCA neste ano recuaram a 2,78 por cento, sobre 2,83 por cento no levantamento anterior, enquanto que para 2018 foram a 3,96 por cento, ante 4 por cento.

Assim, as estimativas para a Selic no fim do próximo ano recuaram a 6,75 por cento, sobre 7 por cento, atual patamar da taxa básica de juros e na mínima histórica.

O Top 5, grupo de economistas que mais acerta as projeções, manteve a expectativa de que a Selic fechará 2018 a 6,50 por cento.

Na semana passada, ao divulgar seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC reduziu novamente suas expectativas sobre a inflação neste ano, ainda mais abaixo da meta oficial, e manteve a sinalização de que deve continuar reduzindo os juros básicos no início de 2018.

A meta de inflação para 2017 e 2018 é de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

O Focus mostrou ainda que as contas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano subiram ligeiramente a 0,98 por cento, sobre 0,96 por cento. Para 2018, passaram a 2,68 por cento, sobre 2,64 por cento.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralBoletim FocusInflaçãoPIB do BrasilSelic

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto