Economia

Mercado tenta estimular ofertas mais flexíveis de ações

A ideia é fazer isso por meio das chamadas ofertas com esforços restritos, mais flexíveis e que não precisam de registro na CVM


	A alternativa de emissão de ações via esforços restritos foi aberta no ano passado, quando a autarquia editou a instrução
 (Germano Lüders/EXAME.com)

A alternativa de emissão de ações via esforços restritos foi aberta no ano passado, quando a autarquia editou a instrução (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 09h45.

São Paulo - Os bancos de investimento e escritórios de advocacia, que trabalham na estruturação de ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), estão se movimentando para levar à bolsa brasileira empresas de porte menor.

A ideia é fazer isso por meio das chamadas ofertas com esforços restritos, mais flexíveis e que não precisam de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Entre as candidatas a fazer um IPO desse tipo está a Omega Energia Renovável, controlada pelo fundo de private equity Tarpon, segundo apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

A empresa deverá ser listada no Bovespa Mais, segmento de acesso da BM&FBovespa. A alternativa de emissão de ações via esforços restritos foi aberta no ano passado, quando a autarquia editou a instrução, mas, até o momento, nenhuma empresa se valeu dessa modalidade.

Além da Omega, a varejista de materiais de construção BR Home Centers e a Inbrands, dona de marcas como a Ellus, poderão optar por um uma emissão com esforços restritos no segmento de acesso da Bolsa, segundo fontes.

Na segunda-feira, 6, a BR Home Centers pediu à CVM registro de companhia aberta na categoria A, que permite a emissão de qualquer valor mobiliário, inclusive ações.

Segundo fontes, a empresa, fruto da fusão das redes Tend Tudo, de Goiás, e da Casa Show, do Rio de Janeiro, em 2010, poderá tentar a próxima janela de oportunidade para abertura de capital, entre os meses de setembro e outubro.

A oferta no âmbito da instrução 551 não necessita de prospecto e o coordenador líder só precisa informar a autarquia sobre a operação em até cinco dias úteis, que são contados a partir da primeira procura a potenciais investidores.

Quanto menor o tempo para realizar as operações, maior a possibilidade de as companhias se aproveitarem das "janelas de oportunidade", que podem se abrir ou fechar dependendo do humor dos mercados.

Além de prometer maior celeridade do processo, a possibilidade de ancoragem pelo braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o BNDESPar, que criou um fundo de R$ 1 bilhão para investir em ofertas de ações no Bovespa Mais, com a compra de até 20% dos papéis ofertados, também tem feito com que os bancos de investimento voltassem os olhos para ofertas no segmento de acesso. "O BNDESPar deve entrar em algumas ofertas, até para mostrar que a orientação estratégica está mais voltada para empresas menores e não mais para campeões nacionais", disse um advogado que trabalha na estruturação dessas operações.

A próxima janela de oportunidade para IPOs é esperada com ansiedade pelo mercado, depois do sucesso da Par Corretora, o primeiro na bolsa brasileira em 2015 e que alcançou uma demanda por suas ações que superou em dez vezes o volume ofertado.

Para o terceiro trimestre é aguardado o IPO da Caixa Seguridade e da resseguradora IRB Brasil Re. Além disso, a Infraero e a BR Distribuidora, da Petrobras, também poderão tentar acessar o mercado

Procurados, Omega Energia, BR Home Centers e Inbrands não comentaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:B3bolsas-de-valoresCVMEmpresasEmpresas abertasIPOsMercado financeiroservicos-financeiros

Mais de Economia

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE