Economia

Mercado se mostra ainda menos otimista sobre crescimento do Brasil

Pesquisa realizada pelo BC mostra que instituições financeiras reduziram a projeção de expansão do PIB para 3,11% neste ano

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h39.

O mercado mostrou, mais uma vez, pessimismo em relação ao crescimento da economia. Segundo o Relatório de Mercado, divulgado nesta segunda-feira (18/9) Banco Central (BC), os analistas reduziram de 3,20% para 3,11% a expectativa de aumento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006. De acordo com a pesquisa, realizada com instituições financeiras, a estimativa para o avanço do PIB era de 3,53% há quatro semanas.

Com a redução, o avanço esperado da economia fica ainda mais abaixo do que o estimado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar de mostrar maior otimismo do que os entrevistados pelo BC, o fundo, que estima crescimento brasileiro de 3,6%, ainda coloca a alta do país como a menor da América Latina, cuja média de expansão chega a 4,8%.

Para a expansão do PIB brasileiro de 2007, a projeção apurada no levantamento do BC, realizado em 15 de setembro, ficou estável em 3,5% em relação à semana anterior. Frente ao apurado quatro semanas antes, no entanto, o patamar mostra maior pessimismo dos entrevistados, já que há um mês as apostas se concentravam em um índice de 3,7%.

Inflação

Nesta última apuração, o mercado também reduziu suas projeções para a inflação por alguns índices. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, usado como referência pelo governo, teve estimativa reduzida de 3,32% para 3,23% para 2006. De todos os índices monitorados, o único que teve a expectativa mantida foi o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna: a alta esperada dos preços pelo índice é de 3,46%.

Indústria, comércio e juros

Também caiu a previsão para a alta da produção industrial do país no ano, de 3,81% para 3,66%. Para o saldo da balança comercial, no entanto, a expectativa subiu de 42,8 bilhões de dólares para 43 bilhões.

A aposta para a taxa básica de juros brasileira ao fim de 2006 não foi alterada e ficou no patamar de 13,75% ao ano. Hoje, a Selic está em 14,25% ao ano, e será reavaliada na próxima reunião do Comitê de Política Monetária, marcada para os dias 17 e 18 de outubro.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Balança comercial tem superávit de US$ 5,9 bi em junho; governo reduz projeção de saldo positivo

STF ajuda a fortalecer as instituições, diz Haddad sobre IOF

AGU diz que decisão de Moraes sobre IOF reafirma compromisso por separação de Poderes

Motta diz que decisão de Moraes mantendo IOF sem alta está em 'sintonia com a Câmara'