Indústria brasileira: especialistas entrevistados passaram a ver uma contração ainda mais acentuada da indústria neste ano, de 0,65%, contra queda de 0,54% estimada antes (Witthaya Prasongsin/Getty Images)
Reuters
Publicado em 7 de outubro de 2019 às 09h32.
Última atualização em 7 de outubro de 2019 às 10h14.
São Paulo — O mercado ajustou suas projeções para a economia brasileira na pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira, derrubando ainda mais a expectativa para a produção industrial neste ano.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas de crescimento permaneceram em 0,87% e 2,00% respectivamente para 2019 e 2020. Entretanto, os especialistas entrevistados passaram a ver uma contração ainda mais acentuada da indústria neste ano, de 0,65%, contra queda de 0,54% estimada antes.
Para 2020, entretanto, o cenário para a indústria melhorou, com um crescimento estimado de 2,29%, sobre 2,10% calculado no levantamento anterior.
O levantamento semanal apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA caiu 0,01 ponto percentual para ambos os anos, respectivamente a 3,42% e 3,78%.
O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos.
A pesquisa com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deverá terminar este ano a 4,75%, indo a 5,00% em 2020, sem alterações. A Selic foi reduzida em setembro em 0,50 ponto percentual, para 5,50% ao ano, nova mínima histórica, com o BC indicando de forma explícita novo alívio monetário.
O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também manteve seus cenários para a Selic, a 4,75% e 4,50%.
A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4 e, para 2020, subiu de R$ 3,91 para R$ 3,95.