Economia

Mercado mundial do luxo tem crescimento revisado em alta em 2011

O crescimento do mercado mundial do luxo será este ano de 10%, frente aos 8% anunciados anteriormente, a 191 bilhões de euros, sustentado pelo apetite insaciável da China

A "Grande China" (China, Hong Kong, Macau e Taiwan) registrará um crescimento de 29% e Ásia-Pacífico, de 25%
 (Mark Ralston/AFP)

A "Grande China" (China, Hong Kong, Macau e Taiwan) registrará um crescimento de 29% e Ásia-Pacífico, de 25% (Mark Ralston/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2011 às 18h45.

Milão - O crescimento do mercado mundial do luxo será este ano de 10%, frente aos 8% anunciados anteriormente, a 191 bilhões de euros, sustentado pelo apetite insaciável da China, segundo um estudo do gabinete Bain&Company apresentado nesta segunda-feira, em Milão.

"Apesar de a situação econômica mundial ser difícil, o setor do luxo desfruta de boa saúde e cresce principalmente nos mercados asiáticos", declarou Santo Versace, presidente da empresa italiana Versace e da Fundação Altagamma, que reúne as grandes empresas do luxo italiano, para as quais foi realizado este estudo.

Apesar de a estimativa ter sido revisada em alta, o crescimento do mercado de luxo será este ano inferior aos 13% registrados em 2010 e que supôs uma alta depois do recuo de 2009 por causa da crise.

Como em 2010, o motor do mercado de luxo será este ano a Ásia e, em particular, a China.

A "Grande China" (China, Hong Kong, Macau e Taiwan) registrará um crescimento de 29% e Ásia-Pacífico, de 25%.

Os consumidores chineses, que poderão gastar 23,5 bilhões de euros em produtos de luxo na "Grande China" e entre 12 e 15 bilhões no exterior, absorvem agora mais de 20% do consumo mundial, enfatiza o estudo.

Segundo Bain, "não há sinais de desaceleração do gigante asiático", que, por isso, deverá ser o motor do crescimento do setor em 2012.

Apesar do devastador terremoto de 11 de março, seguido da catástrofe nuclear de Fukushima, o mercado japonês crescerá este ano 2% graças, principalmente, à valorização do iene ante o euro. Bain previa anteriormente um recuo.

O continente americano e a Europa deverão também registrar um crescimento de 8% e 7%, respectivamente.

Por produtos, o maior crescimento registrado este ano foi nos relógios e joias (+18%) e os acessórios (+13%). A roupa crescerá 8% e os perfumes, cosméticos e artes 3%.

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