Economia

Mercado imobiliário britânico gera 200 milionários por dia

O mercado imobiliário britânico se tornou uma fábrica de riqueza e uma em cada 10 casas em Londres já vale mais do que 1 milhão de libras


	Londres, no Reino Unido, tem um mercado imobiliário totalmente fora do padrão
 (Chris Jackson/Getty Images)

Londres, no Reino Unido, tem um mercado imobiliário totalmente fora do padrão (Chris Jackson/Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de dezembro de 2015 às 15h07.

São Paulo - O mercado imobiliário britânico se tornou uma fábrica de riqueza.

O número de proprietários cuja residência vale mais de 1 milhão de libras subiu 14% desde janeiro no Reino Unido, de acordo com a consultoria Zoopla.

Isto significa que 75.796 britânicos se tornaram "milionários imobiliários" no período, o equivalente a 200 por dia, levando o tamanho deste contingente para 622.939 pessoas.

82% destas casas estão no sudeste ou em Londres, onde uma em cada 10 residências já vale mais do que 1 milhão de libras. 

“Uma etiqueta de preço que já foi exclusiva de casas majestosas ou enormes mansões é algo cada vez mais comum para casas modestas, especialmente na capital", diz Lawrence Hall, da Zoopla.

No começo do ano, a consultoria imobiliária Savills divulgou que o estoque de casas de Londres havia atingido um valor total de 1,5 trilhão de libras em 2014.

Isso significa US$ 2,2 trilhões, o equivalente ao PIB (Produto Interno Bruto) anual do Brasil ou de Colômbia, Argentina e México somados.

O fenômeno é reflexo da recuperação da economia britânica combinada com uma oferta insuficiente de novas casas e um processo global de valorização de ativos considerados seguros.

Há também uma entrada maciça de compradores estrangeiros. Um estudo mostrou que as altas nos preços de casas em determinadas regiões da cidade estão diretamente relacionadas com turbulências políticas em outros países.

O que é boa notícia para quem é proprietário complica a vida dos mais jovens e menos abastados, para quem o sonho da casa própria fica cada vez mais distante, o que gerou o apelido de "geração aluguel".

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