Economia

Mercado financeiro espera que 2016 feche com inflação em 6,84%

Já a projeção para a queda do PIB este ano passou pela sexta piora seguida, ao ser ajustada de 3,31% para 3,37%

Real: para 2017, a estimativa passou de 4,94% para 4,93% (Stock.xchng/ Afonso Lima/Reprodução)

Real: para 2017, a estimativa passou de 4,94% para 4,93% (Stock.xchng/ Afonso Lima/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 14 de novembro de 2016 às 09h27.

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) reduziram levemente as projeções para a inflação e pioraram as expectativas para a economia.

De acordo com a pesquisa Focus, divulgada às segundas-feiras pelo BC, a projeção para a inflação para este ano, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 6,88% para 6,84%. Para 2017, a estimativa passou de 4,94% para 4,93%.

A projeção para 2017 está cada vez mais próxima do centro da meta de inflação (4,5%) que deve ser perseguida pelo BC. O limite máximo da meta no próximo ano é 6%. Para este ano, a estimativa fica longe do centro da meta (4,5%) e ultrapassa o teto (6,5%).

Economia

A projeção de instituições financeiras para a queda da economia (Produto Interno Bruto - PIB - a soma das riquezas produzidas pelo país) este ano passou pela sexta piora seguida, ao ser ajustada de 3,31% para 3,37%.

Para 2017, a expectativa de crescimento foi reduzida pela quarta vez seguida, ao passar de 1,20% para 1,13%. Com a expectativa de retração da economia e inflação menor, as instituições financeiras esperam que a taxa básica de juros, a Selic, encerre 2016 em 13,75% ao ano. A estimativa anterior era 13,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14% ao ano.

Para as instituições financeiras, ao final de 2017 a Selic estará em 10,75%, cálculo mantido nesse patamar há duas semanas seguidas. A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.

Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.

Dólar

A projeção do mercado financeiro para o dólar ao final deste ano subiu de R$ 3,20 para R$ 3,22. Para o fim de 2017, a estimativa passou de R$ 3,39 para R$ 3,40. Após a eleição de Donald Trump para presidência dos Estados Unidos, na última semana, o dólar tem subido e a bolsa de valores está em queda.

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