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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h24.
Pela segunda semana consecutiva, o relatório de mercado do Banco Central projeta para este ano aumento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador utilizado para balizar as metas de inflação acertadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O relatório divulgado nesta terça-feira (22/4) leva em conta projeções de uma centena de instituições e estima IPCA de 12,44% para este ano, contra 12,30% na semana passada.
O mercado também elevou levemente a previsão para o IPC da Fipe, de 11,62% para 11,66%. Mesmo assim, as expectativas em relação a Selic se alteraram no sentido oposto: o mercado reduziu a projeção da taxa de 22,20% ao ano para 22% ao ano.
A estimativas em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) voltaram a cair. A perspectiva de crescimento de 1,95%, divulgada na semana passada, foi alterada para 1,90%. Apesar da previsão para a cotação do dólar se manter em 3,50 reais, a expectativa para o saldo da balança comercial foi reduzida de 16,25 bilhões de dólares para 16,20 bilhões de dólares, retomando o patamar de alta de um mês atrás.
O mercado também acredita que os investimentos diretos estrangeiros manterão a tendência de queda e alteraram a previsão para o ingresso de capital internacional neste ano de 12,6 bilhões de dólares para 12 bilhões. Há um mês, previam a entrada de 13 bilhões de dólares.
As Top 5, instituições com maior grau de acertos em relação às previsões sobre o comportamento dos indicadores de mercado, são mais otimistas em relação à inflação. Mantiveram o IPCA em 12,63% para este ano e reduziram mais uma vez a projeção para o IGP-DI de 15,05% para 14,36% neste ano. Mesmo assim, não demonstram convicção de que a inflação ceda no atacado e fizeram um pequeno reajuste no IGP-M, alterando o indicador de 14,87% na semana passada para 14,91%.
As Top 5 acreditam também em queda do dólar. Agora projetam que a moeda americana vai encerrar o ano a 3,45 reais, contra 3,50 reais da semana passada.