Economia

Mercado eleva estimativa para inflação em 2020 e vê Selic a 2,5% em 2021

Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas consultados passaram a prever uma contração de 5,11% este ano

Economia: boletim Focus sai na mesma semana em que acontece reunião do Copom (Germano Luders/Exame)

Economia: boletim Focus sai na mesma semana em que acontece reunião do Copom (Germano Luders/Exame)

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Reuters

Publicado em 14 de setembro de 2020 às 09h09.

O mercado elevou sua projeção para a inflação neste ano e passou a ver contração menor, ao mesmo tempo em que reduziu a expectativa para a taxa básica de juros em 2021, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2020 subiu a 1,94%, de 1,78% antes. Ainda assim, a projeção permanece abaixo do piso da meta oficial, de 4% com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para 2021 a estimativa de inflação subiu 0,01 ponto percentual, a 3,01%. O centro da meta para o ano que vem é de 3,75%, também com margem de 1,5 ponto.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), os economistas consultados passaram a prever uma contração de 5,11% este ano, contra recuo de 5,31% estimado na semana anterior. Para 2021 permanece a expectativa de crescimento de 3,50% da economia.

A pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda que a taxa básica de juros deve permanecer no atual patamar de 2,0% ao final deste ano, mas para 2021 a projeção caiu a 2,50%, de 2,88%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne nesta semana para decidir sobre a política monetária, e a expectativa em pesquisa da Reuters é de que vai manter a Selic na mínima recorde de 2,0%, adotando uma visão neutra que deve continuar até que um ciclo de aperto monetário comece no segundo semestre de 2021.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, ajustou para cima a conta para a Selic este ano, de 1,88% para 2,00%, enquanto que para 2021 permanece em 2,0%.

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