Economia

Mercado de trabalho cresce 0,4% em São Paulo

Os números são comparativos ao trimestre anterior e também revelam crescimento de 1,7% no acumulado do ano


	Carteira de Trabalho: no terceiro tri, foram admitidos 1.538.869 trabalhadores, contra 1.489.601 desligamentos
 (Wikimedia Commons)

Carteira de Trabalho: no terceiro tri, foram admitidos 1.538.869 trabalhadores, contra 1.489.601 desligamentos (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 14h10.

São Paulo - Estudo divulgado hoje (15) pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) indica que o número de vagas no mercado de trabalho formal e regulado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) no estado de São Paulo cresceu 0,4% no terceiro trimestre deste ano.

Os números são comparativos ao trimestre anterior e também revelam crescimento de 1,7% no acumulado do ano.

Elaborado com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o levantamento revela que o saldo de empregos atingiu 49.268 colocações.

No período, foram admitidos 1.538.869 trabalhadores, contra 1.489.601 desligamentos. No acumulado do ano, foram gerados 214.831 postos de trabalho.

O crescimento, no entanto, ocorreu em nível bem abaixo dos anos anteriores, de acordo com o economista Alexandre Loloian, da Fundação Seade. Ele lembrou que a ampliação do número de empregos “vem declinando“.

No terceiro trimestre do ano passado, surgiram 103 mil vagas, volume inferior a 2012 (130 mil) e 2011 (190 mil).

"Não é um bom resultado”, salientou.

Mais da metade dos empregos formais (53%) concentram-se na região metropolitana de São Paulo, onde houve crescimento de 0,6%, equivalente a 38.762 vagas.

No ano, o aumento atingiu 1,2%, com a criação de 83.281 postos de trabalho.

Segundo o levantamento, o baixo crescimento está associado ao desempenho ruim dos setores da indústria de transformação e construção.

Na área industrial, foram eliminados 5.908 postos, queda de 0,5% sobre o trimestre anterior, e 2,3% no ano.

Na construção, houve corte de 2.459 vagas, representando redução de 0,5% nas contratações do trimestre anterior e estabilidade no acumulado do ano. Já no comércio varejista, as admissões cresceram 1,4% no trimestre, com 13.496 vagas.

No ano, ocorreu apenas variação de 0,2%.

Os serviços fizeram a diferença no resultado total, com a criação de 30.140 chances de trabalho ou 0,8% acima do trimestre anterior, com uma elevação no ano de 2,7%.

Especificamente na região do Grande ABC, com 6,1% do total dos empregos formais do estado, as ofertas encolheram 0,1%, com o corte de 409 empregos.

Foram admitidos 86.897 trabalhadores e demitidos 87.306. No total, havia 791.174 empregos naquela região no fim do terceiro trimestre.

Acompanhe tudo sobre:Contrataçõeseconomia-brasileiraEmpregosgestao-de-negociosMercado de trabalho

Mais de Economia

Haddad: reação do governo aos comentários do CEO global do Carrefour é “justificada”

Contas externas têm saldo negativo de US$ 5,88 bilhões em outubro

Mais energia nuclear para garantir a transição energética

Boletim Focus: mercado reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024