Economia

Mercado de petróleo está na direção correta, diz ministro saudita

Ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, também afirmou que os cortes de produção de países da Opep precisam de tempo para fazer efeito

Khalid al-Falih: "as atuais expectativas indicam que o mercado vai se reequilibrar no quarto trimestre deste ano" (Sergei Karpukhin/Reuters)

Khalid al-Falih: "as atuais expectativas indicam que o mercado vai se reequilibrar no quarto trimestre deste ano" (Sergei Karpukhin/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de junho de 2017 às 10h38.

Dubai - O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse que o mercado de petróleo caminha na direção correta, mas ainda precisa de tempo para se reequilibrar, segundo reportagem do jornal londrino Asharq al-Awsat nesta segunda-feira.

"Na minha opinião, os fundamentos do mercado estão indo na direção correta, mas à luz dos grandes estoques formados nos últimos anos, os cortes precisam de tempo para fazer efeito", disse ele ao jornal, em referência ao acordo global para reduzir a produção liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

"As atuais expectativas indicam que o mercado vai se reequilibrar no quarto trimestre deste ano, levando em conta uma alta na produção de petróleo de xisto", disse Falih.

Questionado sobre a recente queda nos preços, Falih disse que "os mercados determinam os preços, mas eles são guiados por variáveis imprevisíveis além do controle dos países produtores".

"A volatilidade de curto prazo é principalmente uma reação a fatores de curto prazo...assim como o papel dos especuladores nos mercados de ações, que aumentam a volatilidade do mercado".

Ele ressaltou ainda que houve uma queda relativamente grande de cerca de 50 milhões de barris em estoques flutuantes, além de uma queda nos estoques em terra de países industrializados de 65 milhões de barris na comparação com julho do ano passado.

"O mercado frequentemente tende a ignorar esses critérios e focar na queda dos estoques dos EUA, que veio abaixo das expectativas", disse ele.

Falih afirmou ainda que elevações na produção de Líbia e Nigéria, que foram isentos de cortes pela Opep, não devem ser consideradas uma ameaça ao acordo global para reduzir a produção.

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