Economia

Patrocínio:

Design sem nome (3)

Mercado de imóveis argentino está praticamente parado

Como consequência do forte controle oficial sobre o mercado de câmbio, o setor deve terminar 2012 com o pior resultado desde 1990

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2012 às 12h45.

Buenos Aires - As vendas do mercado imobiliário da capital argentina recuaram 47% em setembro e completaram nove meses de retrocesso, conforme dados do Colégio de Escrivães de Buenos Aires.

Como consequência do forte controle oficial sobre o mercado de câmbio, o setor deve terminar 2012 com o pior resultado desde que as estatísticas começaram a ser publicadas, em 1990. Em setembro foram assinadas 3.247 escrituras de imóveis vendidos e o desempenho ruim só é comparado a janeiro e fevereiro de 2009, quando as vendas atingiram 2.500 imóveis.

Em valores, o mercado também verificou queda de 43,6% nos últimos 12 meses, a 1,481 bilhão de pesos (em torno de US$ 400 milhões).

O presidente da Câmara Imobiliária da Argentina, Roberto Arévalo, afirmou que "não há nenhum sinal de recuperação e os números reais são ainda piores que os publicados pelos escrivães".

Segundo ele, a maioria das imobiliárias da Capital Federal opera com imóveis usados, onde o retrocesso é de 75%.

Desde que o governo proibiu as operações em dólares e a compra de divisas para guardar como poupança, os donos de imóveis não querem vender suas propriedades.


A desvalorização do peso e a elevada inflação repelem os negócios. Os controles cambiais começaram no final de outubro do ano passado, logo após a reeleição de Cristina Kirchner.

A partir de março desde ano, as medidas de restrições foram ampliadas até chegar à proibição total das operações em divisas, a partir de junho. Os primeiros registros de queda nas vendas de imóveis começaram em dezembro de 2011 e não pararam mais.

Em agosto, o governo deixou de publicar as estatísticas oficiais do setor no Registro de Propriedade Imóvel, dependente do Ministério de Justiça.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaVendasArgentina

Mais de Economia

Distante de 'BC', prédio mais alto de Sinop terá fundação maior que a do Senna Tower

Como Milei 'se perdeu' dos mercados, mas encontrou saídas no governo Trump

Tributação de LCI vai deixar financiamento habitacional mais caro, diz Abecip

Relator da MP alternativa ao IOF propõe aumento de alíquota para LCI e LCA em 7,5%