Bandeira de Cuba (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2015 às 16h52.
Miami - Como se as condições baixistas do mercado não fossem suficientemente ruins, os produtores de açúcar nos países que mais produzem a commodity - Brasil, Tailândia e Índia - podem enfrentar em breve uma competição mais robusta de um antigo rival: Cuba.
As exportações anuais de açúcar de Cuba podem praticamente dobrar para quase 2,5 milhões de toneladas em 2020, disse um analista agrícola da Platts nesta sexta-feira, conforme o país reconstroi uma indústria de açúcar em dificuldades e faz uma mudança para recuperar ao menos uma porção de seu legado no setor.
A produção do país pode aumentar para 3 milhões de toneladas, disse a analista agrícola da Platts Maria Nunez, em uma conferência em Miami, marcando o retorno da presença de Cuba como um significativo fornecedor global.
Cuba já foi o maior exportador mundial, mas a produção despencou de um pico de mais de 8 milhões de toneladas em 1990, para apenas 1,9 milhões de toneladas na safra de 2014/15, embora nos últimos anos o país tenha lançado uma iniciativa para reconstruir sua indústria de cana.
Estados Unidos, Canadá e Haiti seriam os destinos mais prováveis para a produção adicional de Cuba, disse Maria Nunez. Ainda assim, Nunez alertou que recuperar uma parcela de importações pode se mostrar complicado e lento, tornando o Haiti e a Venezuela mais propensos a se tornarem mercados essenciais para o crescimento a curto prazo.