Já o prognóstico de 2012 recuou pela terceira vez, de 3,84% para 3,80% (Álvaro Motta/EXAME)
Da Redação
Publicado em 12 de setembro de 2011 às 08h57.
São Paulo - O mercado financeiro cortou suas previsões para o crescimento econômico brasileiro e a taxa de juro neste ano e no próximo, mas elevou os cenários para a inflação, mostrou o relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira.
O prognóstico para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2011 caiu pela sexta semana seguida, de 3,67 por cento na semana passada para 3,56 por cento, enquanto o de 2012 recuou pela terceira vez, de 3,84 para 3,80 por cento.
A estimativa para a Selic neste ano foi revista para baixo pela segunda vez seguida, de 12,38 para 11,00 por cento, e para o ano que vem caiu de 11,88 para 11,00 por cento, na terceira queda.
Recentemente, em meio à turbulência global decorrente de temores sobre a economia mundial, sobretudo a dos Estados Unidos, analistas começaram a ver a possibilidade de um crescimento menor no Brasil. O cenário externo também levou o Comitê de Política Monetária (Copom) a surpreender o mercado em agosto, reduzindo a Selic em 0,50 ponto percentual, para 12 por cento.
A ata da reunião, divulgada na semana passada, deixou a porta aberta para mais quedas e o Focus reflete isso.
O documento também reflete uma deterioração do cenário de inflação depois do corte do juro.
A projeção para inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu pela quarta semana, de 6,38 por cento para 6,45 por cento, enquanto a do ano que vem foi revista pela segunda vez consecutiva, de 5,32 para 5,40 por cento.
A meta do governo para a inflação nos dois anos tem centro em 4,5 por cento e tolerância de dois pontos percentuais.
O prognóstico para o IPCA nos próximos 12 meses subiu de 5,53 para 5,66 por cento.
A previsão para a taxa de câmbio no final deste ano permaneceu em 1,60 real por dólar. A projeção no final de 2012 foi mantida em 1,65 real.