Economia

Mercadante defende a desoneração de carros elétricos produzidos no Brasil

Mercadante lembrou que os Estados Unidos já oferecem bônus de US$ 7 mil para a compra dos carros elétricos produzidos no país

Mercadante: em meio à transição energética, o Brasil concede imposto zero para importar carros elétricos. "Não podemos ficar importando produtos acabados", disse o ministro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Mercadante: em meio à transição energética, o Brasil concede imposto zero para importar carros elétricos. "Não podemos ficar importando produtos acabados", disse o ministro (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de junho de 2023 às 16h12.

Última atualização em 12 de junho de 2023 às 16h22.

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu nesta segunda-feira 12, a desoneração de carros elétricos produzidos no Brasil, como forma de estimular a introdução da tecnologia. Durante participação em seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Mercadante lembrou que os Estados Unidos já oferecem bônus de US$ 7 mil para a compra dos carros elétricos produzidos no país.

O que disse Mercadante?

Na Europa, enquanto a Alemanha já vinha praticando juro zero no financiamento do hidrogênio verde, uma das fontes de energia das baterias dos automóveis, a União Europeia criou um banco público apenas para financiar essa rota tecnológica. "É com isso que vamos competir", afirmou o presidente do BNDES.

Em meio à transição energética, o Brasil, continuou Mercadante, concede imposto zero para importar carros elétricos. "Não podemos ficar importando produtos acabados", frisou o ex-ministro.

Ao falar de iniciativas para a indústria automotiva, ele acrescentou que o banco está trabalhando num modelo de parcerias público-privadas, as PPPs, com prefeituras para aumentar encomendas de ônibus.

Mercadante observou que os países com bancos públicos e agências de fomento mais estruturadas foram os que mais cresceram na última década. Nos Estados Unidos, sustentou, "acabou a conversa de Estado mínimo. "O Estado vai voltar a ter participação ativa do pós-guerra, período de maior crescimento dos Estados Unidos."

O presidente do BNDES reiterou ainda o objetivo de dobrar para 2% do produto interno bruto (PIB) os desembolsos do banco. Segundo ele, os países estão tardiamente redescobrindo a importância de bancos públicos de fomento.

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