Economia

Melhora da atividade já reflete na arrecadação, diz Receita

Recolhimento de impostos ficou praticamente estável em fevereiro, mas arrecadação na indústria e no faturamento das empresas mostraram crescimento

Claudemir Malaquias: "o aumento na arrecadação do IRPJ e da CSLL sinaliza que empresas esperam lucros maiores" (José Cruz/Agência Brasil)

Claudemir Malaquias: "o aumento na arrecadação do IRPJ e da CSLL sinaliza que empresas esperam lucros maiores" (José Cruz/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2017 às 16h37.

Brasília - O chefe do Centro de Estudos Tributários da Receita Federal, Claudemir Malaquias, disse nesta segunda-feira, 27, que a atividade econômica vem se recuperando em ritmo lento, mas a melhora já começa a se refletir na arrecadação de impostos.

O recolhimento de tributos ficou praticamente estável em fevereiro (queda real de 0,09%), mas impostos ligados à produção industrial e ao faturamento das empresas mostraram crescimento.

A arrecadação do IRPJ e da CSLL aumentou 15,65%, e a do Imposto sobre Produtos Industrializados subiu (IPI) 9,8%, ambas em relação a fevereiro de 2016.

"O aumento na arrecadação do IRPJ e da CSLL sinaliza que empresas esperam lucros maiores", afirmou Malaquias. Ele ressaltou que a arrecadação do IPI está voltando aos patamares de antes de 2015, considerados "normais" pela Receita.

O Imposto de Renda retido na fonte sobre rendimentos do trabalho aumentou 5,02%. Malaquias atribui esse crescimento aos reajustes em algumas categorias, principalmente no funcionalismo público, já que, segundo ele, o nível de emprego ainda não se recupera na mesma velocidade que a indústria.

Já o recolhimento do Imposto de Importação caiu 27,32% principalmente por conta da taxa de câmbio.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraImpostosreceita-federal

Mais de Economia

ONS recomenda adoção do horário de verão para 'desestressar' sistema

Yellen considera decisão do Fed de reduzir juros 'sinal muito positivo'

Arrecadação de agosto é recorde para o mês, tem crescimento real de 11,95% e chega a R$ 201,6 bi

Senado aprova 'Acredita', com crédito para CadÚnico e Desenrola para MEIs