Economia

Meirelles: em política econômica, importante é resultado

O presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que a política de juros do BC "não é conservadora, mas impede surtos inflacionários"

De olho na inflação: Meirelles explica suas estratégias aos deputados da CPI da Dívida Pública, na Câmara dos Deputados, em Brasília. (.)

De olho na inflação: Meirelles explica suas estratégias aos deputados da CPI da Dívida Pública, na Câmara dos Deputados, em Brasília. (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, defendeu hoje que estratégias de política econômica têm como objetivo apenas o "resultado final". "O que importa em política econômica é o resultado final, que é o custo real pago pela sociedade", disse, durante audiência da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Dívida Pública, que acontece na Câmara dos Deputados. A afirmação de Meirelles foi acompanhada pela lembrança de que o custo médio do juro da dívida mobiliária praticado atualmente gira em torno de 10,6%. Em dezembro de 2005, essa taxa estava ao redor de 17%.

O presidente do BC usou os números para reafirmar que a política econômica do governo foi bem-sucedida ao realizar superávits primários, manter a inflação na meta e permitir maior crescimento com a redução do juro efetivo praticado na economia.

Aos parlamentares, Meirelles afirmou que a taxa básica de juros, a Selic, "sobe e desce conforme os ciclos monetários". Ao apresentar um gráfico com a evolução dos juros nos últimos anos, o presidente do BC observou que, apesar desses ciclos, "a tendência foi de queda" da Selic nesse período. "A taxa de juro real está caindo em função das políticas responsáveis adotadas por este governo", afirmou.

Durante sua apresentação, Meirelles afirmou que a política de juros do BC "não é conservadora, mas impede surtos inflacionários". Ele defendeu que o Brasil reagiu mais rapidamente à crise do que outros países por causa de um círculo virtuoso, que teve como componentes a inflação na meta, redução do risco inflacionário, menor prêmio de risco, redução dos juros e maior credibilidade.

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