Economia

Meirelles: mudanças na Previdência evitam nova reforma no futuro

O ministro da Fazenda disse que a aprovação do texto neste ano é importante para a recuperação do nível de confiança na economia brasileira

Henrique Meirelles: segundo o ministro, a reforma como está hoje representa uma economia fiscal de cerca de 75% do previsto no texto original (Ueslei Marcelino/Reuters)

Henrique Meirelles: segundo o ministro, a reforma como está hoje representa uma economia fiscal de cerca de 75% do previsto no texto original (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de maio de 2017 às 17h28.

Rio - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira, 12, que a reforma da Previdência, se aprovada nos termos atuais, pode tornar desnecessária uma nova reforma por décadas.

"Vai depender da evolução demográfica e do restante da evolução da situação fiscal e do crescimento do Brasil. Quando maior o crescimento, menor o peso da Previdência no orçamento da União", afirmou em coletiva de imprensa após participar de evento no Rio.

Segundo o ministro, a reforma como está hoje representa uma economia fiscal de cerca de 75% do previsto no texto original.

"O projeto original trazia R$ 800 bilhões em dez anos, esse número ficou um pouco acima de R$ 600 bilhões e está dentro das nossas expectativas", disse em evento no Rio.

"Esperamos que seja votada na Câmara ainda no mês de maio e, em seguida, no Senado. Se for votada em junho ou agosto, do ponto de vista da Previdência, o efeito não é grande porque a reforma é por décadas. Não são alguns meses que vão fazer a diferença", afirmou.

Meirelles destacou que a aprovação neste ano é importante para a recuperação do nível de confiança na economia brasileira e recuperação da atividade. "Quanto mais cedo, melhor."

Em discurso para empresários, o ministro afirmou ainda que a reforma da Previdência é fundamental para que o teto dos gastos seja sustentável.

Meirelles defendeu que o texto atual traz uma proposta gradual de mudança.

"É uma transição porque estamos fazendo com tempo suficiente", afirmou.

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