Economia

Meirelles: meta é cortar tempo gasto para pagar impostos

Segundo ele, estudo de uma instituição internacional mostra que uma empresa brasileira gasta hoje, em média, 2,6 mil horas para pagar impostos

Meirelles: "O problema no Brasil não é só a alta carga de impostos, é a dificuldade de pagar impostos" (Adriano Machado/Reuters)

Meirelles: "O problema no Brasil não é só a alta carga de impostos, é a dificuldade de pagar impostos" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 18h47.

Fortaleza - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira, 23, em palestra para empresários na capital cearense, que a meta do governo federal é reduzir em 70% o tempo que uma empresa gasta para pagar impostos no Brasil.

Segundo ele, estudo de uma instituição internacional mostra que uma empresa brasileira gasta hoje, em média, 2,6 mil horas para pagar impostos.

"O problema no Brasil não é só a alta carga de impostos, é a dificuldade de pagar impostos", afirmou. Para ele, o tempo de 2,6 mil horas gastas por uma companhia é "absolutamente inviável".

"Nossa meta é cortar esse tempo em 70%", afirmou no evento, que é promovido pelo Lide Ceará. Segundo ele, essa redução deve ser aprovada junto com a reforma tributária a ser votada pelo Congresso Nacional, chamada por ele de "simplificação tributária".

Na palestra, Meirelles fez uma revisão de sua gestão no Ministério da Fazenda. Ele afirmou que, "com muito trabalho", conseguiu reverter a maior recessão da história do Brasil que ocorreu nos últimos anos.

"Tínhamos situação fiscal em processo de piora constante. Conseguimos reverter com muito trabalho", afirmou, citando reformas aprovadas pelo governo, como o teto de gastos públicos e mudanças na legislação trabalhista.

O ministro apresentou números do PIB, de consumo de bens duráveis, inflação, investimentos, emprego e massa salarial real (descontada a inflação).

Segundo ele, as taxas de crescimento aumentam com as reformas. Ele reforçou que a meta do governo é gerar este ano 2,5 milhões de novos empregos formais no País. "Isso mostra não só que haverá mais emprego e renda, como mais consumo", declarou.

Meirelles citou ainda a agenda de 15 projetos anunciada nesta semana pelo governo como "pauta prioritária" para compensar a não aprovação da reforma da Previdência.

Ele ressaltou em especial a criação do cadastro positivo e a duplicata eletrônica, que, segundo ele, vai baixar o custo de crédito para pequenas e médias empresas.

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