Economia

Meirelles: medidas não são mudança da política cambial

Brasília - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje que as medidas anunciadas de modernização do mercado de câmbio não representam uma mudança na política cambial conduzida pelo BC. Ele reconheceu que a medida de fato facilita a saída de dólares do País, o que teoricamente poderia elevar a cotação do dólar ante […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje que as medidas anunciadas de modernização do mercado de câmbio não representam uma mudança na política cambial conduzida pelo BC. Ele reconheceu que a medida de fato facilita a saída de dólares do País, o que teoricamente poderia elevar a cotação do dólar ante o real. Mas ele explicou que, por outro lado, essas medidas podem tornar o País mais atrativo ao capital estrangeiro atraindo Investimento Estrangeiro Direto, o que teoricamente poderia levar a uma valorização do real.

Entre as medidas que podem atuar para desvalorizar o real estão a possibilidade de manter recursos captados por meio de Deposity Receipts (DRs) no exterior e a permissão para o Tesouro Nacional adquirir dólares para pagar dívidas a vencer em até dois anos. "A finalidade não é fazer com que suba o valor do dólar. Já se foi o tempo no Brasil em que se tomavam decisões normativas para mudar a taxa de câmbio. Hoje não precisamos fazer isso", disse Meirelles. Ele explicou que é difícil mensurar o efeito final das medidas sobre a cotação do dólar ante o real.

Em relação às compras de dólar que o BC tem feito mesmo com o fluxo cambial negativo, Meirelles afirmou que também não significam mudança de política cambial nem uma tentativa de desvalorizar o câmbio. Segundo ele, o BC compra os dólares que são ofertados pelas instituições no leilões e, no longo prazo, o objetivo continua sendo o de comprar o fluxo cambial. "As vezes o fluxo está à frente do BC e, em outras vezes, o BC está à frente do fluxo, como é o caso agora", disse.

Meirelles afirmou ainda que o BC considera que, na margem, ainda é benéfico para o País acumular reservas internacionais.

 

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