Economia

Meirelles: mais da metade da repatriação deve quitar pendências

Segundo Meirelles, dos R$ 51 bi arrecadados, R$ 38,5 bi vão para o governo federal e o restante será dividido proporcionalmente entre Estados e municípios

Meirelles: "Pode haver também uma provisão até o fim do ano para possíveis frustrações de receita em função da queda da atividade"

Meirelles: "Pode haver também uma provisão até o fim do ano para possíveis frustrações de receita em função da queda da atividade"

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de novembro de 2016 às 19h07.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta terça-feira, 1, que mais da metade dos recursos arrecadados com a lei de repatriação que cabem ao governo federal serão usados para quitar restos a pagar.

A declaração foi dada após evento na Fiesp, em São Paulo.

Segundo Meirelles, dos R$ 51 bilhões arrecadados, R$ 38,5 bilhões vão para o governo federal e o restante será dividido proporcionalmente entre Estados e municípios, conforme previsto em lei. "Será uma ajuda crucial para os Estados", afirmou.

Da parte que cabe à União, uma fatia deve ser usada para garantir o cumprimento da meta de déficit primário de R$ 170,5 bilhões este ano.

"Pode haver também uma provisão até o fim do ano para possíveis frustrações de receita em função da queda da atividade."

Mesmo assim, Meirelles disse que mais da metade dos R$ 38,5 bilhões da União serão usados para quitar restos a pagar deixados pelo governo anterior.

"São dívidas enormes e o governo precisa começar a ajustar suas contas pagando esses passivos", afirmou.

Segundo o ministro, esse dinheiro também ajudará a dar mais credibilidade para a meta de primário do ano que vem, de déficit de R$ 139 bilhões, já que existiam algumas dúvidas que pairavam sobre itens como arrecadação, reforma da Previdência, entre outros.

Previdência

Meirelles afirmou que o problema da Previdência é sério e precisa ser enfrentado imediatamente, como uma das medidas necessárias para realizar o ajuste fiscal.

Ele também disse que o governo pretende fazer uma rodada importante de privatizações, com maior engajamento do setor privado.

Afirmou ainda que tem firmado convênios com o Banco Mundial para atacar aspectos que dizem respeito ao ambiente de negócios no Brasil.

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