Economia

Meirelles e Ilan: o desafio de debater o futuro do Brasil na OCDE

ÀS SETE - O ministro da Fazenda e o presidente do BC se reúnem com o secretário-geral da organização - grupo dos países mais ricos do mundo

OECD: a relação entre o Brasil e a organização é de longa data (Diego Vara/Reuters)

OECD: a relação entre o Brasil e a organização é de longa data (Diego Vara/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2018 às 06h38.

Última atualização em 28 de fevereiro de 2018 às 07h12.

Nesta quarta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, se encontram com o secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, para debater o futuro do Brasil no grupo dos países mais ricos do mundo.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

A partir das 10 horas da manhã, Angel Gurría apresentará um relatório econômico do Brasil, em que vai apontar a situação dos preços de transferência para fins de tributação, além de avaliar o potencial do Brasil para se alinhar com as regras de tarifação da OCDE.

A relação entre o Brasil e a organização é de longa data. Desde 1990 o país se relaciona om a organização, e, em 2015, os dois assinaram um acordo de cooperação mútua. Em maio do ano passado, o Brasil formalizou seu pedido de entrada na organização.

Os países-membros da OCDE são responsáveis por 62% do PIB global e por dois terços dos negócios internacionais, além de possuir uma espécie de “selo de qualidade”, que estimula investimentos internacionais e consolida algumas reformas econômicas. Ou seja, ter um lugar garantido no clube é um privilégio que muitos países querem ter.

A participação do país no grupo que hoje conta com 35 membros, porém, significaria o sacrifício e a alteração em algumas legislações e a modificação de sistema tributário brasileiro.

Relações trabalhistas e de direitos humanos também contam como quesito para a admissão de um país na Organização. Junto com o Brasil, cinco países entraram com pedidos de candidatura (Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia), e três estão em processo de integração (Colômbia, Costa Rica e Lituânia).

O abandono da pauta reformista, e as preocupação eleitorais de Meirelles, o grande embaixador da importância de entrar na OCDE, certamente não ajudam o pleito brasileiro.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteBanco CentralExame HojeHenrique MeirellesIlan GoldfajnOCDEPaíses ricos

Mais de Economia

Congresso terá de 'resistir aos lobbies' para mudar reforma tributária, diz Haddad

Congresso precisa resistir aos lobbies para ampliar exceções da reforma tributária, diz Haddad

Copom reforça alta de juros em maio e manda recado sutil ao governo

Isenção do Imposto de Renda: governo vai pedir análise do projeto em uma só comissão na Câmara