Economia

Meirelles e a árdua missão de vender o Brasil no exterior

Nesta segunda-feira, ele parte para Bruxelas e Londres para mais reuniões com banqueiros, investidores e uma palestra da London School of Economics

Meirelles: ministro da Fazenda vai à Europa em busca de investidores (Reuters)

Meirelles: ministro da Fazenda vai à Europa em busca de investidores (Reuters)

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EXAME Hoje

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 06h31.

Última atualização em 25 de setembro de 2017 às 11h27.

Como não está fácil conquistar a confiança dos investidor estrangeiro, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acentuou a agenda de viagens entre parceiros comerciais do Brasil. Nesta segunda-feira, ele parte para Bruxelas, na Bélgica, e Londres para mais reuniões com banqueiros, investidores e uma palestra da London School of Economics. A viagem acontece depois de Meirelles aproveitar a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, para se reunir com investidores.

Na capital belga, Meirelles vai em busca de um estreitamento de laços comerciais com a União Europeia, além de defender a entrada do Brasil na Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE. São duas agendas prioritárias para o governo em busca de dinheiro estrangeiro para alavancar a economia do Brasil. Para entrar no grupo e atrair uma nova gama de investidores, o país precisa demonstrar a implementação de medidas econômicas liberais, como o controle inflacionário e fiscal. Parece ser o momento, ainda que o Congresso esteja parado de conduzir a agenda de reformas propostas pelo governo.

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O diagnóstico da viagem a Nova York gerou alguma preocupação. “Não há dúvida [de que ainda há uma desconfiança]. O Brasil está saindo de dois anos e meio da mais longa e mais profunda recessão da história”, disse Meirelles na sexta-feira. “É importante que eles ouçam diretamente de nós o diagnóstico de por que o Brasil entrou em recessão e de por que está saindo da recessão”.

Com um discurso pronto de que o Brasil está apresentando sinais de recuperação na economia, com retomada do emprego, queda de juros e de inflação, o ministro ainda sente resistência dos donos do dinheiro. Além da agenda de reformas que não passa, os números de retomada ainda são pouco expressivos. O desemprego segue na casa de 13 milhões de brasileiros e o saldo de vagas formais criadas, segundo o Caged, é de 35.000 postos de trabalho. Sem a economia girando com vigor, ou com um bom prenúncio para o futuro, são poucos os investidores que devem se animar.

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