Economia

Meirelles: Caso Brasil não passe por reformas, economia volta à recessão

Para o ministro, uma eventual privatização de uma empresa como a Petrobras também é uma discussão mais política do que técnica

Henrique Meirelles: "Todos sabem que sempre fui favorável às privatizações, mas há que se discutir" (Adriano Machado/Reuters)

Henrique Meirelles: "Todos sabem que sempre fui favorável às privatizações, mas há que se discutir" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de março de 2018 às 17h29.

Recife - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira, 28, que o Brasil espera pelas reformas e que, se elas não ocorrerem, a economia voltará para a recessão. Meirelles concedeu rápida entrevista após ter participado de almoço promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide) Pernambuco, no Recife.

Meirelles foi perguntado sobre vários temas durante o almoço. Sobre o que acha do imposto único, o ministro disse se tratar de uma boa ideia e que já está sendo discutida dentro da proposta de reforma tributária apresentada pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).

O ministro ponderou que a criação de um imposto único passa por uma série de discussões e alterações de outros impostos estaduais e federais que torna a questão mais política do que meramente técnica. A mesma explicação ele deu ao ser perguntado como via uma eventual privatização da Petrobras.

"Todos sabem que sempre fui favorável às privatizações, mas há que se discutir. Nada que é feito muito rápido é bom", disse Meirelles. Ele lembrou de uma venda de imóveis do governo que acabou ocorrendo a preços muito baixos.

Para ele, uma eventual privatização de uma empresa como a Petrobras também é uma discussão mais política do que técnica.

O que está no foco agora, disse o ministro, é a privatização da Eletrobras. De acordo com o ministro, essa privatização vai trazer investimentos para o setor. "Queremos fazer da Eletrobras o que foi feito com a Telebrás", disse, lembrando que antes da privatização da Telebrás uma linha de telefone custava uma fortuna e que pouca gente tinha acesso. "As linhas eram caras porque não havia investimentos", lembrou.

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