Termina aqui o blog ao vivo do anúncio da nova equipe econômica. Continue acompanhando a repercussão no canal Economia de EXAME.com.

Economistas reagiram de forma positiva aos nomes da equipe econômica anunciada hoje:

Meirelles montou "time dos sonhos", diz economista

Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio-diretor da Tendências, diz que a nova equipe é "excelente, muito boa tecnicamente e experiente".

Mansueto Almeida, novo secretário de Acompanhamento Econômico, notou ontem em seu blog que a carga tributária brasileira é "menor do que pensávamos, mas ainda maior do que a média dos países da América Latina".

Carga tributária é "menor que pensávamos", diz Mansueto

"Um verdadeiro dream team de gente muito qualificada e com experiência muito relevante e rica, quer no setor público, quer no setor privado. Gente certamente à altura dos desafios", diz Alberto Ramos, economista sênior do Goldman Sachs.

As taxas de juros futuro caíram e o dólar reagiu com queda ao anúncio dos novos nomes da equipe econômica:

Dólar cai após confirmação de Ilan Goldfajn à frente do BC

O atual presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, elogiou a indicação de Ilan Goldfajn para sua sucessão.

Ele afirma em nota que o economista tem "ampla visão da economia nacional e internacional" e grande experiência no setor financeiro.

"Suas qualidades e sua formação o credenciam a uma bem sucedida gestão frente à autoridade monetária brasileira".

Tombini elogia indicação de Goldfajn para sucessão no BC

Alguns dos principais pontos da coletiva:

- Meirelles disse que não teve dificuldades na transição da Fazenda e que colaboração foi integral

- Novo presidente do Banco Central deve perder status de ministro mas manter foro privilegiado

- Tombini continua à frente do BC até que Ilan seja sabatinado e votado pelo Senado e depois deve continuar na administração federal, mas fora do banco

- Nomes para bancos públicos não foram anunciados hoje, mas o cargo de diretora do BNDES foi confirmado ontem pela assessoria de Temer

- Mais uma vez, Meirelles se negou a dar uma resposta final sobre aumento ou criação de novos impostos

- Reforma da Previdência será proposta em 30 dias

- Autonomia técnica do Banco Central também será proposta, mas sem independência formal ou mandatos fixos 

A economista Maria Sílvia Bastos vai assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informou nesta segunda-feira a assessoria de Michel Temer.

Maria Sílvia já foi presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e diretora do BNDES. Ela vai substituir Luciano Coutinho. Acompanhe a repercussão:

Economistas dividem opiniões sobre Maria Sílvia no BNDES

Um resumo dos nomes anunciados para a equipe econômica do governo Michel Temer

Mansueto Almeida - Secretaria de Acompanhamento Econômico

Carlos Hamilton - Secretaria de Política Econômica

Marcelo Caetano - Secretária da Previdência

Ilan Goldfajn - Banco Central

Maria Silvia Bastos Marques - BNDES

Jorge Hadid segue na Receita Federal e Otávio Ladeira no Tesouro até que substitutos sejam anunciados. Os nomes para outros bancos públicos devem sair nos próximos dias.

Goldfajn chega hoje à Brasília. Ele foi economista do Fundo Monetário Internacional (FMI) entre 1996 e 1999 e professor assistente na Universidade de Brandeis, em Massachusetts.

Assumiu a diretoria de Política Econômica do BC em 2000, aos 34 anos, onde ficou até 2003. Depois, foi sócio da Gávea Investimentos e sócio-fundador e gestor da Ciano Investimentos. Saiu de lá em 2009 para assumir como economista-chefe do Itaú.

Ilan Goldfajn leva experiência acadêmica e de mercado ao BC

O novo presidente do Banco Central precisa ser sabatinado e aprovado pelo Senado. Meirelles diz que Alexandre Tombini continuará no cargo até que isso aconteça, assim como seus diretores. A ideia é que ele saia do BC mas continue sendo aproveitado na "alta administração federal", diz Meirelles.

Jorge Hadid segue à frente da Receita Federal, pelo menos por enquanto, disse Meirelles.

Meirelles diz que o presidente do Banco Central não será mais ministro, mas o foro especial seria garantido por meio de Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

Será proposta a "autonomia técnica" do Banco Central, de forma que as decisões do banco não sejam questionadas legamente, mas sem definição de mandato ou independência formal. 

"Autonomia de decisão não se confunde com independência. O que será definida é a autonomia técnica".

Em entrevista recente para EXAME.com, o novo secretário Mansueto Almeida explicou porque acha que a recuperação da economia não será tão rápida e demonstrou dúvida sobre a capacidade do governo de criar consenso para aprovar reformas:

"É equivocado isso de que o governo Temer teria a base dos 367 deputados que votaram pelo impeachment. Nesse sistema que eles estão acobertados, eu acredito que não haja consenso algum." 

Por que a recuperação da economia não será tão rápida

A Secretária de Acompanhamento Econômico "vai nos dar toda a base" de dados e a avaliação dos componentes de despesa pública para nortear a ação econômica, disse Meirelles, que repetiu o mantra "vamos devagar que estou com pressa", que é uma frase antiga sua. Ele disse que a Reforma da Previdência será encaminhado em 30 dias.

Carlos Hamilton, que já foi diretor de Política Econômica do Banco Central de 2010 a 2015, vai para a Secretária de Política Econômica.

No momento, o ministro Henrique Meirelles dá entrevista coletiva em Brasília. Ele acaba de anunciar Marcelo Caetano para a Secretária da Previdência e Mansueto Almeida para a Secretaria de Acompanhamento Econômico.

Ilan foi diretor de Política Econômica do Banco Central do Brasil entre 2000 e 2003 e é economista com mestrado pela PUC-Rio e doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT).

O economista-chefe do Itaú Unibanco, Ilan Goldfajn, será o novo presidente do Banco Central, de acordo com a Globo News.