Henrique Meirelles: o ministro declarou que uma elevação no limite de isenção "é coisa que seria positiva para pessoas que estão naquela faixa de renda" (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de maio de 2017 às 16h31.
Última atualização em 16 de maio de 2017 às 16h52.
Brasília - Não há plano concreto do governo para aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR), afirmou nesta terça-feira o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acrescentando que foram apenas ventiladas ideias nesse sentido.
"De fato é uma coisa que seria positiva exatamente para as pessoas que estão naquela faixa de renda, por outro lado precisa ver o custo disso para a economia, para a sociedade", afirmou o ministro a jornalistas após evento em Nova Lima (MG).
"No momento não há um plano concreto de se fazer nada nesse sentido", acrescentou.
Na véspera, o presidente Michel Temer apontou que houve "apenas uma primeira conversa" sobre a possibilidade de ampliação da faixa de isenção do IR, mas reconheceu que a ideia o agradava.
Após dados divulgados nesta manhã terem apontado a abertura de quase 60 mil vagas de emprego formais no país em abril, Meirelles avaliou que esse movimento ganhará força com o tempo e estimou que em cerca de dois anos o país poderá voltar à situação de pleno emprego.
Sobre a reforma da Previdência, reiterou a expectativa que o texto seja aprovado no plenário da Câmara dos Deputados ainda neste mês.
Já em relação à edição da Medida Provisória (MP) sobre as novas condições do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), Meirelles afirmou que o governo concluirá na quarta-feira o formato definido para o escalonamento do pagamento da dívida dos agricultores.
"É um parcelamento em possivelmente 180 meses e algum desconto no pagamento de juros, multa e etc", disse.
O presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), afirmou na véspera que o novo Funrural terá alíquota de 1,5 por cento sobre a receita bruta, ante 2,3 por cento atualmente.
Para os que não pagaram o imposto no passado, amparados por liminares, a alíquota deverá continuar em 2,3 por cento até a quitação dos passivos.