Economia

Medidas visam recuperar o crescimento econômico, diz Levy

Segundo o ministro, o ajuste econômico não vai atrapalhar o crescimento do PIB, mas permitir que a economia volte a crescer


	Joaquim Levy: o ministro acredita que é necessário enfrentar a realidade de que o crescimento vinha desacelerando e entender os porquês
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Joaquim Levy: o ministro acredita que é necessário enfrentar a realidade de que o crescimento vinha desacelerando e entender os porquês (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 12h32.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta quarta-feira, 29, que as medidas adotadas pelo governo têm o objetivo de recuperar o crescimento econômico.

O ministro participa neste momento de audiência nas Comissões de Finanças e Tributação, de Desenvolvimento Econômico e de Trabalho da Câmara dos Deputados. Levy disse que o ajuste econômico não vai atrapalhar o crescimento do PIB, mas sim permitir que a economia volte a crescer.

"Estamos fazendo isso porque o crescimento vinha desacelerando. O crescimento do PIB brasileiro não está entre os maiores, mesmo quando se considera países que têm passado por um ajuste muito forte", afirmou.

"Estamos enfrentando a realidade de que o crescimento vinha desacelerando e temos que entender as causas. Obviamente, o tratamento só funciona se tivermos o diagnóstico de suas causas."

O ministro lembrou que o ciclo de aumento do preço das commodities, iniciado em 2004, permaneceu ao longo do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e durou até 2011. Desde então, houve uma queda substancial, especialmente no caso das commodities agrícolas. "Tínhamos uma maré subindo e essa maré começou a ser vazante há algum tempo. Isso significa que temos de nos adaptar."

Segundo o ministro, durante as crises econômicas, o Brasil normalmente vivia uma fuga de capitais, o que não ocorreu desta vez, pois os países fizeram uma coordenação econômica e adotaram políticas anticíclicas. Por essa razão, o câmbio se apreciou.

Além disso, na avaliação do ministro, o País estava preparado para enfrentar a situação, pois isso tinha US$ 250 bilhões em reservas internacionais, responsabilidade fiscal e superávit primário.

"Dessa vez foi diferente. Nunca antes na história do mundo e do Brasil tivemos uma coordenação entre os principais países", afirmou. "O Brasil tinha ferramentas para acompanhar essa política anticíclica de seus parceiros."

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