Economia

Medidas espanholas pós expropriação não serão respondidas

"Não diremos que nos estão fechando as exportações, não haverá diatribes, não somos assim", disse a presidente Cristina Kirchner

A Argentina, maior produtor mundial de biodiesel, exporta esse combustível ao mercado espanhol no valor de US$ 1 bilhão (Juan Mabromata/AFP)

A Argentina, maior produtor mundial de biodiesel, exporta esse combustível ao mercado espanhol no valor de US$ 1 bilhão (Juan Mabromata/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 19h12.

Buenos Aires - A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, afirmou que seu país não responderá à "decisão soberana" tomada pela Espanha de limitar compras de biodiesel argentino após a desapropriação de ações da companhia petrolífera YPF, controlada pela espanhola Repsol.

"Não faremos nenhuma colocação" à Organização Mundial do Comércio (OMC), disse Cristina após indicar que a Argentina está em condições de absorver com seu consumo as 400 mil toneladas anuais de biodiesel que coloca no mercado espanhol.

"Não diremos que nos estão fechando as exportações, não haverá diatribes, não somos assim", acrescentou em um ato público para anunciar a construção de uma represa hidroelétrica na província de Santa Cruz.

"Somos gente muito respeitosa da soberania dos países, por isso somos tão cuidadosos quando tomamos decisões soberanas", ressaltou em referência ao projeto governamental de expropriar 51% das ações Classe D da YPF que pertencem a Repsol.

Cristina assegurou que o biodiesel argentino "é muito mais barato" que o que se produzem na Espanha e por isso os espanhóis terão que comprá-lo "mais caro".

A Argentina, maior produtor mundial de biodiesel, exporta esse combustível ao mercado espanhol no valor de US$ 1 bilhão. 

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