Economia

Medidas econômicas tomadas pelo governo são estruturais

“Achar que reduzir a taxa de juros para esse patamar é uma medida paliativa é uma piada", disse o ministro


	Dilma Rousseff, Fernando Pimentel e Guido Mantega: a desvalorização do câmbio, de acordo com ele, é outro caso de medida que precisa de tempo para mostrar resultado na economia
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma Rousseff, Fernando Pimentel e Guido Mantega: a desvalorização do câmbio, de acordo com ele, é outro caso de medida que precisa de tempo para mostrar resultado na economia (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 17h14.

São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rejeitou a crítica de que as medidas de estímulo à economia que vêm sendo adotadas pelo governo sejam paliativas e argumentou que o conjunto de ações tem efeito estrutural. Para ele, não há esgotamento do modelo de estímulos usado para impulsionar a economia brasileira.

“Achar que reduzir a taxa de juros para esse patamar é uma medida paliativa é uma piada. Isto é uma medida estrutural na economia brasileira. A redução de tributos, como nós estamos fazendo, é uma mudança estrutural. Desoneração da folha de pagamentos é uma mudança estrutural”, disse durante entrevista coletiva sobre o crescimento de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

Na oportunidade, ele anunciou que novas medidas de estímulo, no âmbito financeiro, devem ser anunciadas na próxima semana.

Para o ministro, essas ações do governo compõem um processo de transformação, que resultarão em uma economia mais competitiva, com custos financeiros e tributários menores, além de gerar maior oferta de infraestrutura. “É um conjunto de medidas estruturais”, definiu.

De acordo ele, as medidas com objetivos de curto prazo são minoritárias, representadas por ações como redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca e automóveis.

Além disso, algumas das medidas, como a desoneração da folha de pagamentos e a redução das tarifas de energia, futuramente, surtirão efeitos na economia, já que devem entrar em vigor apenas no próximo ano.

Outras ações já tomadas, por sua vez, devem demorar a apresentar resultados, como a redução da taxa de juros. “Todo mundo sabe que ela não surte efeito imediato, exige alguns meses para fazer efeito. Isso tem sido retardado pela crise internacional, que causa uma expectativa negativa na economia internacional”, declarou.

A desvalorização do câmbio, de acordo com ele, é outro caso de medida que precisa de tempo para mostrar resultados na economia. Isso porque os exportadores já haviam feito vendas no mercado futuro, com outro câmbio. “Então, a economia está se adaptando a essa nova situação, muito mais estimulante para a produção. E ela já está começando a surtir efeito”, informou.

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