Economia

Medidas de Dilma reduzem retornos de concessionárias

As maiores companhias de infraestrutura brasileiras estão aceitando menores taxas de retorno, apostando na retomada do crescimento


	A EcoRodovias, maior concessionária rodoviária do País, espera retornos de cerca de 9 por cento em novos contratos
 (Márcio Fernandes)

A EcoRodovias, maior concessionária rodoviária do País, espera retornos de cerca de 9 por cento em novos contratos (Márcio Fernandes)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2013 às 14h21.

São Paulo - As maiores companhias de infraestrutura brasileiras, da Santos Brasil Participações SA à EcoRodovias Infraestrutura & Logística SA, estão aceitando menores taxas de retorno sobre investimentos em concessões, apostando que a retomada do crescimento tornará novos projetos viáveis.

A EcoRodovias, maior concessionária rodoviária do País, espera retornos de cerca de 9 por cento em novos contratos, disse ontem o presidente Marcelino Rafart de Seras, no evento Bloomberg Forum: Brasil em São Paulo. Isso mostra uma queda em relação aos retornos de pelo menos 15 por cento vistos nas privatizações das concessões rodoviárias nos anos 1990, segundo o Banco Itaú BBA SA.

O presidente da TPI Triunfo Participações & Investimentos SA, Carlo Alberto Bottarelli, vê as novas taxas “próximas dos dois dígitos”, enquanto o presidente da operadora portuária Santos Brasil, Antônio Sepulveda, espera retornos “um pouco acima dos 10 por cento”.

“A tendência para a taxa de retorno é declinante, mas vai ter uma competição entre ativos de infraestrutura. Quer dizer, vai ter um pacote de portos, vai ter um pacote de rodovias, vai ter ferrovias”, disse Bottarelli no evento. “Para nós, o que é importante é o contrato. E o contrato sendo estável, nós vamos olhar.”

A presidente Dilma Rousseff está pressionando companhias, do setor elétrico ao de telecomunicações, a aceitarem lucros menores depois que seu governo cortou a taxa Selic em 5,25 pontos percentuais desde agosto de 2011 para a mínima histórica de 7,25 por cento. O governo está oferecendo financiamento a taxas abaixo do mercado para diversos projetos de infraestrutura antes da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.

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