Economia

Brasil Maior fortalece indústria diante de crise, diz Mantega

O ministro afirmou que "o mercado brasileiro deve ser usufruído pela indústria brasileira e não por aventureiros"

Presidente Dilma Rousseff lança o Plano Brasil Maior: durante o lançamento, Mantega (e) disse também que a crise prejudica o setor manufatureiro brasileiro (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidente Dilma Rousseff lança o Plano Brasil Maior: durante o lançamento, Mantega (e) disse também que a crise prejudica o setor manufatureiro brasileiro (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 20h04.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que "o mercado brasileiro deve ser usufruído pela indústria brasileira e não por aventureiros", durante anúncio do programa Brasil Maior de política industrial. A afirmação gerou aplausos da plateia no Palácio do Planalto.

Mantega afirmou que o programa Brasil Maior é um conjunto de medidas para fortalecer a indústria nacional, no momento em que o mundo está em crise. "A crise se arrasta há mais de dois anos e países avançados não dão sinais de resolução de problemas, ao contrário. Os EUA estão à beira de um default (moratória), algo histórico", disse o ministro.

Nesse cenário, Mantega disse que a crise prejudica o setor manufatureiro brasileiro, que está em crise desde 2008. "Houve compressão dos mercados. Os emergentes que saíram da crise dependem das exportações para cumprirem as metas de PIB (Produto Interno Bruto). A indústria manufatureira está buscando mercado a qualquer custo. Eu diria que a concorrência é predatória", afirmou Mantega, na solenidade.

O ministro disse que o mercado brasileiro está sendo apropriado em parte por produtos importados em função da guerra cambial promovida pelos países, que têm manipulado o câmbio. "O dólar é a moeda que mais desvalorizou nos últimos meses, com isso os EUA estão tentando resolver sua crise para fora, por meio de exportações", afirmou.

Mantega disse que o governo tem adotado medidas para tentar evitar que o real seja extremamente valorizado. "O dólar teria caído abaixo de R$ 1,50 aqui no Brasil, se não fossem as medidas. Não foi, mas sabemos que é uma luta difícil", afirmou. Para o ministro, os países avançados continuarão com as mesmas políticas. Por isso, o Brasil precisa adotar medidas para proteger o mercado nacional.

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