Economia

Mastercard vê com cautela mudança no parcelado sem juros

Há discussão relacionadas a cobrança de juro ou de uma sobretaxa por parte dos lojistas nos parcelamentos de compras


	Hoje, 70% dos financiamentos feitos com os plásticos, o equivalente a R$ 86 bilhões, são na modalidade sem juro
 (Bobby Yip/Reuters)

Hoje, 70% dos financiamentos feitos com os plásticos, o equivalente a R$ 86 bilhões, são na modalidade sem juro (Bobby Yip/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 14h57.

São Paulo - Existe cautela na indústria de cartões de crédito sobre mudanças que estão em discussão relacionadas a cobrança de juro ou de uma sobretaxa por parte dos lojistas nos parcelamentos de compras, disse o vice-presidente de desenvolvimento de negócios para o Cone-Sul da Mastercard, Alexandre Magnani. "Hoje, há uma grande utilização do parcelado sem juro, onde toda a indústria é beneficiada", disse.

"O grande crescimento visto no uso dos cartões foi, em certa parte, impulsionado por essa possibilidade e qualquer mudança, por meio da cobrança de sobretaxa ou de juro, também pode alterar essa demanda", observou, durante apresentação à imprensa de estudo sobre o mercado de cartão de débito no Brasil.

Hoje, 70% dos financiamentos feitos com os plásticos, o equivalente a R$ 86 bilhões, são na modalidade sem juro. Existe atualmente uma discussão entre os bancos para cobrança de juro nos parcelamentos dos cartões de crédito, com a contrapartida de que os prazos de pagamento sejam alongados. Outra ideia seria cobrar do lojista uma sobretaxa pela opção de vender parcelado sem juro, a qual tenderia a ser repassada aos consumidores.

Os bancos entendem que o carregamento desse crédito sem juro tem um custo elevado para as instituições, já que envolve o risco de inadimplência dos consumidores.

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