Economia

Mão de obra mais cara em SP eleva custo da construção

Erguer uma edificação no estado de São Paulo ficou mais caro em maio por causa, principalmente, da correção salarial


	Prédio em construção: desde janeiro, o Custo Unitário Básico acumula alta
 (SXC.Hu)

Prédio em construção: desde janeiro, o Custo Unitário Básico acumula alta (SXC.Hu)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 12h36.

São Paulo - Erguer uma edificação no estado de São Paulo ficou mais caro em maio por causa, principalmente, da correção salarial.

O Custo Unitário Básico (CUB) subiu 1,71% sobre abril, mês em que a variação havia sido 0,15%.

Desde janeiro, o CUB acumula alta de 2,23% e, em 12 meses, 4,62%.

O cálculo feito pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (SindusCon-SP) em conjunto com a Fundação Getulio Vargas (FGV) leva em consideração as obras não incluídas na política de desoneração da folha de pagamentos.

O CUB serve de base para reajuste em contratos de obras.

No quinto mês do ano, o valor da mão de obra aumentou 2,16%, bem acima da correção constatada nos materiais (0,97%).

E só a remuneração dos engenheiros subiu 2,85%.

O valor aplicado na construção por metro quadrado ficou em R$ 1.124.

Por meio de nota, o vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, esclareceu que “os custos com a mão de obra se elevaram em função dos reajustes salariais definidos pelas convenções coletivas assinadas com os sindicatos dos trabalhadores da capital paulista e de outros municípios do Estado”.

O levantamento indica ainda que em relação às obras que contam com a desoneração da folha de pagamentos a variação do CUB atingiu 1,65% com o valor por metro quadrado avaliado em R$ 1.046.

No ano, o índice acumula alta de 2,22%.

Já os valores gastos pelas construtoras na aquisição de materiais tiveram elevação de 0,97%.

A pesquisa mostra ainda que mais da metade de um total de 41 insumos da construção foram corrigidos com índice superior ao da variação do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) que apresentou, em maio, resultado negativo (-0,13%).

Entre os itens que mais encareceram estão o cimento, saco de 50 quilos com alta de 4,21%; registro de pressão cromado (2,59%); aço (2,29%) e brita (1,69%).

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