Economia

Mantega reforça que país vai cumprir meta fiscal

"Eu queria aqui garantir que nós vamos cumprir esse 1,9% [do PIB de superávit primário], mesmo com a questão elétrica", disse Mantega


	Guido Mantega: ministro comentou que há pressão na inflação e que ela ocorre em função de alguns fatores, especialmente os alimentos e os custos dos serviços
 (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Guido Mantega: ministro comentou que há pressão na inflação e que ela ocorre em função de alguns fatores, especialmente os alimentos e os custos dos serviços (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 28 de março de 2014 às 15h32.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu nesta sexta-feira, 28, novamente, que o país vai cumprir a meta fiscal de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) de superávit primário.

Ao encerrar aula magna na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV), o ministro respondeu aos jornalistas que a situação fiscal foi "bem-recebida" quando se estabeleceu a meta de 1,9%.

"Eu queria aqui garantir que nós vamos cumprir esse 1,9%, mesmo com a questão elétrica", disse Mantega.

Ao comentar o resultado de fevereiro, Mantega afirmou que "fevereiro é um mês fraco, normalmente".

"Nós já estamos com R$ 20 bilhões de primário acumulado em janeiro e fevereiro", completou o ministro em referência ao número divulgado hoje pelo Banco Central de superávit acumulado de R$ 22,1 bilhões nos dois primeiros meses do ano. Segundo Mantega, em março o superávit será melhor do que foi em fevereiro.

"Fevereiro do ano passado tivemos R$ 76 bilhões de arrecadação e esse ano foi quase R$ 83 bilhões. Foi razoável o aumento, mas é um mês fraco", completou, sobre a arrecadação de impostos e contribuições federais.

De acordo com o ministro, os meses fortes de arrecadação são janeiro, março e abril - este último mês há o pagamento do Imposto de Renda. "E até maio, junho já teremos um resultado razoável", disse.

Inflação

Mantega comentou ainda que há uma pressão na inflação e que ela ocorre em função de alguns fatores, especialmente os alimentos e os custos dos serviços.

"Houve seca também nos EUA. Os alimentos são commodities, portanto, seus preços são determinados de forma internacional", destacou.

O ministro também ponderou que no caso dos serviços boa parte dos aumentos são motivados pelo avanço da renda da população, num contexto de pouca competição internacional.

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