Economia

Mantega quer empresários em projetos de infraestrutura

O ministro afirmou que o governo tem um grande programa de investimentos e que agora visa ampliar a participação do setor privado


	Guido Mantega destacou também que o governo tem como princípio fundamental manter o controle de preços da economia.
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Guido Mantega destacou também que o governo tem como princípio fundamental manter o controle de preços da economia. (Ueslei Marcelino / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta sexta-feira, durante o seminário "Infraestrutura e Energia no Brasil: Projetos, Financiamentos e Oportunidades", em São Paulo, que o governo tem um grande programa de investimentos e que agora visa ampliar a participação do setor privado, especialmente nas áreas de logística e infraestrutura.

Segundo o ministro, há dúvidas sobre se as nações em todo o mundo têm condições para gerar crescimento de acordo com suas necessidades. "O Brasil reúne as condições para ter o crescimento sustentável nos próximos anos", ponderou.

De acordo com o ministro, o Brasil tem bases e fundamentos econômicos sólidos. Um deles é a boa condição das contas públicas, que levam o País a registrar uma dos menores patamares da dívida líquida do mundo.

"A política fiscal é sólida, com superávit primário. Mesmo no período da crise, continuamos reduzindo a dívida pública. Em 2012, fechamos a dívida pública líquida em 35,1% do PIB (Produto Interno Bruto)", comentou, acrescentando que "vamos manter superávits primários fortes para continuar a solidez fiscal do País".

Entretanto, o ministro afirmou que para viabilizar o crescimento do País, o governo adotou uma política monetária não contracionista. "Não vou dizer que é expansionista, porque não fazemos quantitative easing (QE, sigla em inglês para relaxamento monetário)", disse.


Mantega destacou também que o governo tem como princípio fundamental manter o controle de preços da economia. "Somos muito rigorosos no controle da inflação. Metas de inflação estão sendo cumpridas dentro das faixas de tolerância", comentou. "A inflação só atrapalha e não é bom para ninguém", destacou.

Desonerações e redução de tributos

Mantega lembrou que só em 2012, houve uma desoneração equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB), cerca de R$ 45 bilhões.

Ele afirmou que o governo vai continuar perseguindo a redução dos custos tributários das empresas no País. "Vamos continuar generalizando a desoneração da folha de pagamento", disse. "Vamos adotar outras ações para reduzir o custo tributário", acrescentou.

De acordo com Mantega, as boas condições estruturais da economia, que conta também com a redução do peso dos tributos sobre o setor privado, faz do Brasil o quarto país que mais receberam investimentos diretos no mundo. O ministro ressaltou anda que pesquisa realizada com dirigentes de companhias no Forum Econômico Mundial, em Davos (Suíça) mostrou que o Brasil é o terceiro país mais interessante para investimentos.

Ele destacou que as três maiores despesas da União "estão sob controle e dão espaço para reduzir tributos". Segundo ele, o déficit da previdência social está equacionado e "no bom caminho". No caso dos gastos com juros, as despesas atingiram um patamar pouco inferior a 5% do PIB no ano passado. (Ricardo Leopoldo, Gustavo Porto e Beatriz Bulla)

Acompanhe tudo sobre:Guido MantegaInfraestruturaInvestimentos de empresasPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Salário mínimo: Haddad confirma nova regra de reajuste e diz que piso continuará acima da inflação

Haddad anuncia isenção de IR para quem ganha R$ 5 mil e tributação para renda superior a R$ 50 mil

Banco Central russo para de comprar moedas estrangeiras para frear desvalorização do rublo

CCJ conclui audiências sobre reforma tributária, mas votação do parecer ainda não tem data