Economia

Mantega prevê investimentos de 7% ao ano até 2022

Segundo ministro, grandes empresas do País se preparam para o novo ciclo de expansão da economia


	Guido Mantega: ministro ressaltou que a política de desoneração adotada pelo governo nos últimos anos gerou benefícios expressivos para o avanço do nível de atividade
 (Peter Foley/Bloomberg)

Guido Mantega: ministro ressaltou que a política de desoneração adotada pelo governo nos últimos anos gerou benefícios expressivos para o avanço do nível de atividade (Peter Foley/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 13h55.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o Brasil está se preparando para um novo período de expansão do PIB, que pode ter um avanço médio de investimentos de 7% ao ano até 2022, o que viabilizará um crescimento médio do País de 4% até aquele ano. "Grandes empresas do País se preparam para o novo ciclo de expansão da economia", disse.

O ministro ressaltou que a política de desoneração de tributos adotada pelo governo nos últimos anos gerou benefícios expressivos para o avanço do nível de atividade, dado que o País de 2008 a 2013 cresceu 17,7%, uma das melhores marcas registradas no mundo no período. Além disso, o ministro destacou que foram criados 20 milhões de empregos no País nos últimos 11 anos, com melhoria da distribuição de renda.

"Em outros países, a desigualdade aumentou, como na Suécia e EUA", apontou. "Com as desonerações foi gasto pouco e retomou a produção da linha branca, de carros e material para construção", destacou Mantega. "Contudo, a desoneração de tributos para o consumo é sazonal e já foi retirada, não há estímulos", disse.

"O IPI para automóveis e linha branca está subindo", apontou. "Há estímulo para compra de bens de capital, como ônibus e máquinas agrícolas", disse. "Temos tido política de redução de tributos, mesmo porque a carga é alta. Gradualmente tem que reduzir tributos para a produção, para reduzir o Custo Brasil", destacou.

Na avaliação de Mantega, o governo não beneficia setores específicos da economia e visa estimular segmentos industriais que são muito importantes para a geração de empregos no País. Ele apontou que o Poder Executivo faz política industrial, a fim de estimular a produção de mercadorias duráveis e não duráveis.

O ministro citou que a indústria automobilística é a segunda maior na criação de postos de trabalho no Brasil, atrás do segmento de alimentos, e que ela precisa expandir para aplicar mais recursos em suas fábricas no território nacional. "Se ela não crescer, não faz investimentos", ponderou.

BC

Mantega também ressaltou que a política econômica do governo está mantendo os fundamentos sólidos do País, especialmente com liberdade plena para que o Banco Central determine a política monetária e com administração rigorosa das contas públicas. "O BC tem autonomia para definir a taxa de juros. Esse assunto é com ele", destacou. Desde abril de 2013, o Copom subiu a Selic de 7,25% para os atuais 11% ao ano.

"Trabalhamos com a política fiscal para facilitar a política do BC", ressaltou Mantega. "Eu garanto que vamos cumprir a meta fiscal", acrescentou, referindo-se ao objetivo de superávit primário de 1,9% do PIB para 2014.

O ministro disse que a redução do rating do Brasil pela Standard & Poor's não alterou a avaliação positiva de investidores sobre o País, que segundo ele, voltou a ser um "queridinho" do mercado, citando comentário recente de um articulista do Financial Times. "Não afetou em nada os mercados a atitude da S&P", disse. "As outras agências de rating mantiveram a nota do País", destacou, referindo-se a Moody's e Fitch Ratings.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGuido MantegaInvestimentos de empresasInvestimentos de governoMinistério da FazendaPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Lula se reúne hoje com Haddad para receber redação final do pacote de corte de gastos

Economia argentina cai 0,3% em setembro, quarto mês seguido de retração

Governo anuncia bloqueio orçamentário de R$ 6 bilhões para cumprir meta fiscal

Black Friday: é melhor comprar pessoalmente ou online?