Economia

Mantega diz ser necessário apagar incêndios na crise

O ministro concluiu a avaliação sobre o crescimento da economia brasileira no segundo trimestre com críticas aos países industrializados


	Mantega: "Uma crise como a atual afeta a produção, e cabe ao governo tomar medidas conjunturais"
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Mantega: "Uma crise como a atual afeta a produção, e cabe ao governo tomar medidas conjunturais" (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 14h52.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, nesta sexta-feira, que a adoção de medidas estruturais divulgadas recentemente pelo governo levou ao crescimento do investimento, destacando que os recursos liberados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) saltaram de R$ 50 bilhões ao ano quando ele ocupava a presidência da instituição de fomento para os atuais R$ 150 bilhões.

"Uma crise como a atual afeta a produção, e cabe ao governo tomar medidas conjunturais. Temos medidas de longuíssimo prazo que afetarão a economia nos próximos vinte anos", disse Mantega, ao rebater as críticas de que o governo toma apenas medidas de curto prazo para combater a desaceleração da atividade em momentos de crise. "Quando temos uma crise dessa magnitude, temos de apagar incêndios, sim."

Mantega defendeu o modelo de desenvolvimento posto em prática, segundo ele, há quase uma década, atrelado ao fortalecimento do consumo e à ascensão da classe C. Na avaliação do ministro, esse modelo deu resultado em 2009 e tem sucesso na crise atual. "Mas há uma combinação de medidas de curto e longo prazo", ressaltou.

O ministro concluiu a avaliação feita mais cedo do crescimento da economia brasileira no segundo trimestre com críticas aos países industrializados, os quais, em sua opinião, não adotaram medidas de incentivo ao consumo para impulsionar o crescimento. "Nos Estados Unidos, em 2009, a indústria automotiva quase quebrou. O governo norte-americano socorreu a indústria, quando deveria incentivar o consumo, e a indústria quase ficou a ver navios, ou a ver carros", concluiu Mantega.

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