Economia

Mantega diz que não há necessidade de elevar juros

Para ministro, bancos estão cobrando taxas "escorchantes" no cartão de crédito


	Guido Mantega: "Estamos preocupados com os cartões de crédito. E, se nós estamos, é bom que eles (os bancos) também se preocupem", diz ministro.
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Guido Mantega: "Estamos preocupados com os cartões de crédito. E, se nós estamos, é bom que eles (os bancos) também se preocupem", diz ministro. (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2012 às 09h40.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que os bancos estão cobrando taxas "escorchantes" no cartão de crédito, que são injustificáveis. "Esses disparates têm de desaparecer", afirmou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na sexta-feira à tarde, em seu escritório em São Paulo. "Estamos preocupados com os cartões de crédito. E, se nós estamos, é bom que eles (os bancos) também se preocupem."

Os spreads bancários se tornaram uma das principais brigas do governo Dilma Rousseff, que quer ver chegar ao consumidor o efeito do forte corte promovido na taxa Selic, utilizada como referência para os empréstimos no País. Normalmente comedido ao falar dos rumos da Selic, Mantega, dessa vez, foi categórico. "Não há necessidade de alta de juros", disse.

O ministro está seguro de que os preços vão se manter sob controle no ano que vem, apesar da recuperação da economia e ao contrário do que projetam consultorias renomadas. Não só a crise global vai elevar a oferta de produtos internamente a preços baixos, diz o ministro, como também as medidas adotadas pelo governo vão ajudar.

Para o titular da Fazenda, a desoneração da folha de pagamentos, a redução do custo da energia e o corte de IPI para carros colaboram para manter os preços estáveis. "E também não pode levar em consideração choque de oferta", frisou, referindo-se ao aumento do preço dos grãos, provocado pela quebra da safra americana. "Não adianta elevar juro para diminuir preço nos Estados Unidos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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