Economia

Mantega diz a Lula que alta de juros preocupa

O ministro da Fazenda quer que o Copom decida não elevar a taxa básica de juros (Selic)

Guido Mantega, ministro da Fazenda, reclamou com Lula sobre a elevação da taxa de juros (.)

Guido Mantega, ministro da Fazenda, reclamou com Lula sobre a elevação da taxa de juros (.)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Brasília - A expectativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua equipe de auxiliares mais próximos é de que, na reunião da próxima quarta-feira, o Conselho de Política Monetária (Copom) decida não elevar a taxa básica de juros (Selic). Ou, se o fizer que não chegue ao 0,75 ponto porcentual que vinha sendo projetado pelo mercado financeiro.

De acordo com um dos auxiliares mais próximos do presidente, Lula já foi informado de que a economia brasileira vem dando sinais de desaceleração. Na quarta-feira, por exemplo, o Banco Central (BC) divulgou o Índice de Atividade Econômica, que ficou estável em maio ante abril. O índice é calculado pelo próprio BC.

Na mesma quarta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, procurou Lula para falar de suas apreensões a respeito dos juros. Disse ao presidente que um aumento da taxa Selic em 0,75 ponto porcentual elevará os juros para 11%, o que, na visão dele pode comprometer o crescimento do País no próximo ano e nos seguintes. Mantega disse a Lula que até aceita um aumento, desde que não seja o que estava sendo previsto pelo mercado financeiro antes da comprovação da estabilidade no crescimento da economia, de 0,75 ponto porcentual.

De acordo com auxiliares, Lula não pretende conversar com o presidente do BC, Henrique Meirelles, a respeito das queixas de Mantega. Lula julga que não será necessário, porque os dirigentes do BC têm mais informações sobre tendências da inflação e comportamento da economia do que todos os que despacham no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), a exemplo dele mesmo. Atualmente, a Selic está em 10,25% ao ano. Todas as projeções feitas pelo mercado financeiro são de que até o fim do ano ela deverá estar entre 11% e 11,5%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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