Economia

Mantega discute fundo da Unasul contra turbulência

Os ministros de Fazenda dos 12 países do grupo iniciaram hoje uma reunião em Buenos Aires para criar um fundo de resgate regional

Em um improvisado "portunhol", o ministro Guido Mantega afirmou: "temos de nos preservar para nosotros" (Diógenis Santos/AFP)

Em um improvisado "portunhol", o ministro Guido Mantega afirmou: "temos de nos preservar para nosotros" (Diógenis Santos/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de agosto de 2011 às 12h10.

Buenos Aires - Os ministros de Fazenda dos 12 países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) iniciaram nesta manhã reunião em Buenos Aires para criar um fórum de acompanhamento dos movimentos econômicos e financeiros da região e para criar um fundo de resgate das nações do grupo. "Isso vai trazer uma aproximação maior de todos os países porque teremos uma ação mais coordenada no que diz respeito à questão econômica", afirmou o ministro brasileiro Guido Mantega, em entrevista à imprensa.

Os ministros vão constituir formalmente hoje o Conselho de Economia e Finanças da Unasul. Será discutida a criação de uma estrutura financeira regional para garantir a estabilidade dos mercados e moedas dos países diante da turbulência internacional. Para tanto, os ministros pretendem usar uma parte dos US$ 570 bilhões de reservas acumuladas pelos 12 países (Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela).

Segundo Mantega, o conselho analisa duas possibilidades: uma seria ampliar e reforçar o Fundo Latino-Americano de Reservas (FLAR), constituído atualmente pela Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela, e integrando o Brasil e a Argentina; a outra, criar um fundo nos moldes do asiático, que atua mais em mecanismos de swap (troca) de moedas entre os países.

Em um improvisado "portunhol", Mantega disse que os mercados sul-americanos estão crescendo e "temos de nos preservar para nosotros". Mantega ressaltou que até agora a região não foi muito atingida por esta crise, mas houve "alguma volatilidade, alguma saída de capitais em alguns países; no Brasil, como sempre, há entrada". "Então, provavelmente a crise vai nos atingir menos porque nós estamos mais preparados. Os países todos têm uma situação fiscal melhor do que os países avançados", afirmou.

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