Economia

Mantega destaca expectativa para empregos em 2010

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, no discurso de lançamento da segunda fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2), procurou enfatizar hoje a expectativa de geração de emprego no Brasil neste ano e nos próximos. Mantega apresentou uma pesquisa de expectativa de emprego feita pela consultoria Manpower para o segundo trimestre […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, no discurso de lançamento da segunda fase do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC 2), procurou enfatizar hoje a expectativa de geração de emprego no Brasil neste ano e nos próximos. Mantega apresentou uma pesquisa de expectativa de emprego feita pela consultoria Manpower para o segundo trimestre de 2010, realizada com uma amostra de 850 empregadores no Brasil. A pesquisa coloca o Brasil na liderança de um grupo de 14 países com expectativa de geração de empregos neste ano. A lista é composta, além do Brasil, por Índia, Cingapura, Argentina, China, Japão, Canadá, EUA, África do Sul, Alemanha, França, Inglaterra, Espanha e Itália.

O ministro também destacou que, com o PAC 2, a geração de empregos vai continuar de forma ainda mais forte. Ele apresentou números que mostram uma expectativa de geração líquida de 1,6 milhão de postos de trabalho em 2010. Desta forma, os dois mandatos do governo Lula completariam com uma geração líquida de 10 milhões de empregos formais.

Mantega também ressaltou que, quando o governo lançou o PAC 1, em 2007, alguns críticos "torceram o nariz", numa avaliação de que o programa não seria viável. Passados três anos, enfatizou o ministro, o PAC se mostrou um programa de desenvolvimento para o Brasil, o primeiro a ser implementado desde o segundo Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) do governo Geisel. Desde então, segundo o ministro, foram 30 anos de combate a crises e inflação.

Mantega destacou ainda que o PAC 1 permitiu um crescimento mais vigoroso da economia brasileira e recolocou o "desenvolvimento na ordem do dia".

Carga tributária

O ministro da Fazenda apresentou ainda a estimativa preliminar da carga tributária em 2009. Segundo ele, a proporção do total arrecadado em impostos e tributos ficou em 33,8% do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. "É a menor carga tributária dos últimos anos", afirmou, ao explicar que a arrecadação diminuiu como efeito da crise, que retraiu a atividade econômica e a arrecadação de impostos.

Além disso, no ano passado o governo desonerou o setor privado em R$ 44,297 bilhões como forma de tentar amenizar os efeitos da crise. Houve, no entanto, ônus adicional de R$ 17,298 bilhões, o que gerou uma desoneração líquida de R$ 26,999 bilhões. Em 2008, segundo os números apresentados pelo ministro, a carga tributária foi superior a 34%.

Crescimento

Mantega afirmou ainda que o Brasil, entre 2011 e 2014, estará em um seleto grupo de "meia dúzia de países" com maior taxa de crescimento no mundo. A expectativa de crescimento prevista no PAC 2 é de uma média anual de 5,5%.

O ministro acabou ampliando sua expectativa de crescimento para 2010. Ele disse que o crescimento da economia, neste ano, pode chegar entre 5% e 5,5%. "Alguns dizem que pode ser até mais", disse Mantega. A estimativa oficial é de 5,2%.

Mantega destacou ainda que o PAC permitiu um crescimento maior da economia, com ampliação da média de expansão econômica dos últimos anos. Ele destacou que a média de crescimento na fase do PAC é de 4,2% e, no período anterior, antes do governo Lula, em torno de 1,5%. Ele fez questão de ressaltar que o crescimento de 6,1% em 2007 foi o maior dos últimos 20 anos.

Acompanhe tudo sobre:GovernoGuido MantegaPAC – Programa de Aceleração do CrescimentoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte