A fonte da equipe econômica argumentou que, apesar de o dólar estar muito acima do que estava quando a medida foi criada, o governo não que abrir mão da taxação do IOF sobre derivativos cambiais (Paulo Whitaker/Reuters)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2011 às 15h22.
Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que, daqui para frente, a oferta de crédito no Brasil não poderá crescer como no passado, para não recair em risco de elevado endividamento. "Temos de calibrar, para que a população não se endivide", disse ele durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. "O crédito cresceu, mas não chega a ser um problema. Não temos risco de bolha em nenhum setor".
Segundo o ministro, a dívida das famílias também aumentou nos últimos anos. "Na verdade, subiu porque não tinha crédito no passado e tínhamos de corrigir isso tudo", explicou. Mantega ressaltou que o governo tomou cuidado para que o País não sofresse como a Espanha. "Vou parar de falar, a situação já está suficientemente complicada na Espanha para eu dar opinião", disse, acrescentando que, no caso brasileiro, não há subprime. "Nós cuidamos dessa bolha. Agora abriu-se a possibilidade de crédito, mas a população tem emprego".
Mantega disse também que é preciso levar os juros brasileiros ao mesmo patamar das taxas internacionais. "Metade dos juros hoje é por conta do custo das reservas brasileiras."