Economia

Mantega confessa estar apreensivo com dívida dos EUA

Mesmo com preocupação, ministro acredita que o governo e o Congresso vão chegar num acordo nos Estados Unidos

Segundo Mantega, a estagnação dos países avançados atrapalha os emergentes (Renato Araújo/ABr)

Segundo Mantega, a estagnação dos países avançados atrapalha os emergentes (Renato Araújo/ABr)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2011 às 12h25.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que acredita em um acordo entre o governo e o Congresso dos Estados Unidos em torno da elevação do teto da dívida norte-americana. No entanto, confessou estar apreensivo pelo rumo que as negociações estão tomando. "Mas espero que tenha sensatez na solução", afirmou.

Mantega chamou de "marcha da insensatez" o processo nos EUA. "Eu torço para que eles resolvam essa situação. Seria ruim para o mundo todo um default (dos EUA). O governo (norte-americano) não terá como pagar as dívidas, os serviços públicos, nem os investimentos. Seria uma grande insensatez se não conseguissem resolver está situação", disse o ministro, na abertura do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o chamado "Conselhão".

Mantega disse que há um momento delicado na economia mundial e que é preciso estar atento às consequências que podem ocorrer no Brasil. "Para os próximos anos, o panorama não é diferente nos países avançados, que terão taxas de crescimento baixas, insuficientes para resolver os problemas econômicos", previu.

Segundo ele, a estagnação dos países avançados atrapalha os emergentes, mas não a ponto de impedir o crescimento econômico. Ele previu um crescimento médio de 5% para o Brasil até 2015.

Mantega afirmou ainda que a crise mudou de fase. "Deixou de ser uma crise financeira privada e passou a ser uma crise soberana. A solução não é simples e deve se arrastar ao longo dos anos. Os países emergentes continuarão crescendo, mas enfrentando problemas", afirmou.

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